terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Textos de internet com café quentinho. Parte 1

 
 
No ventre de uma mulher grávida dois gêmeos dialogam:

- Você acredita em vida após o parto?

- Claro! Há de haver algo após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

Bobagem, não há vida após o nascimento. Afinal como seria essa vida?

- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a nossa boca.

- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Além disso, andar não faz sentido pois o cordão umbilical é muito curto.

- Sinto que há algo mais. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.

Mas ninguém nunca voltou de lá. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.

- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

Mamãe? Você acredita em mamãe? Se ela existe, onde ela está?

- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela não existiríamos.

Eu não acredito! Nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que ela não existe.

- Bem, mas ás vezes quando estamos em silêncio, posso ouvi-la cantando, ou senti-la afagando nosso mundo. Eu penso que após o parto, a vida real nos espera; e, no momento, estamos nos preparando para ela. 


AUTOR DESCONHECIDO, mas muito, muito brilhante na metáfora!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aula de português I

E na apostila do menino estava escrito: 
Abriu um sorriso e voltou pra aldeia.
Encontre o sujeito.

Aldeia? De indios? Mesmo? Com ocas e tintas, com costumes e sem roupas?
Ou é uma aldeia global? Uma das tribos urbanas? Um grupo de rockeiros, de skin-heads ou de religiosos?
Voltou? Voltou mesmo? É possivel voltar se nem sei se sai do lugar?
É uma expressão simbólica ou é figurativa? Uma metáfora? Uma utopia? Ou tem alguma prova inegavel? Desculpa o ceticismo, mas eu tenho muitas pessoas comigo. Muitas vão e prometem voltar. Nunca voltaram.
Sorriso? É sorriso de verade? Com dentes e lábios arqueados? Mesmo? Ou é um smile ao contrário? É algo que universalmente se chamaria de sorriso? Ou é Monalisa? E se o sorriso de fato existir, que já duvido, é sincero? É do coração? Saiu de intestino ou do âmago? De um sentimento caridoso ou de bens materiais valiosos?
Por fim, esse sujeito que queres que eu ache, se é que de fato existe para eu encontra-lo, abriu. Mas ele abriu ? Do verbo? Ou é o quarto mês escrito errado? E se é verbo, ele abriu mesmo? Por que hoje todo mundo fecha. Só fecha. Fecha a cara, fecha conta, fecha o bar. Fecha o tempo, fecha um negócio que vai fechar monte de empresas. Vai demitir e fechar sonhos. Vai extinguir indios e fechar possibilidades de se expandir cultura.
Desculpa, mas não posso encontrar o sujeito com tantas dúvidas. O que vou falar pra ele quando o encontrar? Que feche a cara, queime a aldeia e suma do planeta? Professora, me deixe oculto.

Essa resposta é ficticia, confesso. Se fosse verdadeira, possivelmente o aluno teria zero sem direito de reclamação porque escreveu de lápis.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quem sou eu?

Quem sou eu?
Bem, meu nome é Luiz Cezar Oliveira Marinho.
Luiz , ideia da mãe, inspirada no nome da avó, Luzia. Luz, ou algo assim.
Cezar é pra imitar o pai, Antônio Cezar, meu pai: Um baixinho, invocado e militar.
Oliveira é das olivas da mãe;
Marinho das águas do pai.
Vejam só vocês!
Meu pai tem Silva desde rebento. Minha mãe, também. O Silva dela é de tempos de fralda. Pela lógica, eu quando nasci tinha que ser Silva, ter silva, fazer parte dos Silvas. Mas meu pai: Um baixinho, invocado e militar, disse que ia me salvar da maldição do Silva. Falava e berrava que um silva nunca chegaria lá. LU-Lá!
Mas assim, pra desgosta da familiriada Silva Toda ou Toda Silva, meu pai, o baixinho, inovocado militar, me des-silvou. Fez porque disse que eu não era todo Silva ou Silva Todo. Que eu não seria do povo da silva ou da Silva do povo. Que desgosto. Que desgosto pro meu pai.Pois não sou Silva no nome, mas sou Silva no sangue. Um Silva do povo com raizes que não estão na certidão de nascimento nem na minha cor européia branco clara. Mas está na sublinha da nacionalidade, da genética. Sou brasileiro. Um Silva brasileiro ou brasileiro da Silva. Das misturas da cor, dos lábios africanos, do olhar indigena, da pele portuguesa, da altura alemã e tantas outras misturas que os galhos tortuosos da minha familia escondem por aí.
Confesso que sem silva no nome mas um eterno brasileiro da Silva.
Luiz Cezar Oliveira Marinho. Esse sou eu.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

pacto

- Vamos fazer um pacto?
- Ein, você está falando comigo?
- Claro que sim. Você estava dormindo?
- E você não? São 3h, Ari. Durma!
- Antes, o pacto. Vamos fazer.
- Isso é como aqueles pactos do cuspe, do sangue de quando eramos crianças?
- Que cuspe, que sangue?
-Esquece. Você não teve infância. Desenvolva seu pacto que tenho que me enrolar no meu sono.
-Um pacto de plenitude. Com 3 pilares: Amor , cumplicidade e aventura. Temos que nos comprometer a cada dia buscar estas três bases com o outro, no caso eu com você e você comigo. Primeiro, entregar-se ao amor e as suas manias, fetiches, ondas e desejos. Para isso, precisamos tera cumplicidade no próximo e confiar que o outro está de coração. E por fim, buscar caminhos que saiam da monotonia, da breguice e dos caminhos impostos. O que acha? Vamos fazer esse pacto?
- zzz zzz zzz
- Amor?
Vai ver que era muito pra esposa de Ari. Talvez ela não tenha entendido, ou talvez ela tenha compreendido completamente, aceitado e colocado ele em prática imediatamente. Indo dormir pois era algo que ela queria fazer, sendo sincera com ele e também com suas necessidades.
Ou talvez, nunca se deva responder a um pacto deste. O que temos que fazer é aplica-lo na vida e buscar uma vida mais saudavel.
Paz e luz a todos!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A viagem mais difícil

Fiz uma viagem difícil e aventureira. Ou seja, deliciosa. Boa porque cheguei bem perto do meu objetivo. Mas com um caminho penoso e subidas íngrimes. A questão é que eu fiz o caminho. Escolhi a trilha e até mesmo já tinha colocado as pedras naqueles lugares. Lembrava de cada obstáculo que cultivei no passado e depois de anos ao voltar na estrada me deparei lá, maior, mais assustador e muitas vezes sombrio. Mas consegui quebrar as pedras pequenas e médias e simplesmente desviar das enormes. Em algumas, deixei ramos de flores e algumas lágrimas como perdão. Outras, por mais que eu tentasse, não havia mais como resolver.
Estou na trilha até hoje. Em uma estrada que leva a mim mesmo. O tal do auto-conhecimento. Cada vez mais apaixonado pela força, que se escondia na minha preguiça.
E nessa busca de mim mesmo, vou encontrando aqueles que se simpatizam com a causa e que caminham juntos. E quem sabe? Talvez nessa jornada eu tenha encontrado um grande amor. O importante, meus amigos, não é o ponto de chegada, mas a estrada que se escolhe.

sábado, 29 de outubro de 2011

O nascimento da escrita

Parece que foi ontem que te vi nascer. Tão pequena e enrolada nos vícios da linguagem. Rimas paupérrimas seria o rótulo da crítica. Mas pobre de que? Carente de preconceito, sem palavras rebuscadas e exigências sintáticas. Eram sentimentos que brotavam em uma letrinha cheia de garranchos. E dessa forma, cobertor esquentava o primeiro amor e a vela brilhava os olhos dela. Acho que nunca mais fui tão romântico. Tão sincero. Tão eu. Preocupado com a fôrma e a forma, deformei meus versos em busca da obra de arte. Enquanto mais esculpia em mármores caros sonetos simétricos e rimas criativas e ricas, perdia a ingenuidade da criança escrita que só queria brincar. E logo, eu a ensinei a se comportar, como deveria aparecer ao público e criamos estratégias incríveis de sedução. Os aplausos eram certos e constantes. A rotina nos obrigava a produzir em linha de produção crônicas, artigos e até memso poesias que tinham um tempero calculado de originalidade e um vazio de sentimento. Ela correspondia a tudo, mas parece que ficou aliviada quando as contas a pagar da gaveta trocaram de lugar com ela, se tornando prioridade e deixando a jovem escrita repousar em uma gaveta do esquecimento.
Cresci como um profissional óbvio. Galguei passos importantes na minha carreira e atingi postos importantes e até invejáveis. Mas as vezes, um vazio me enchia e um grito surdo estremecia meu universo sem som.
Faltava algo. Por isso, te procurei na gaveta .
Você, já uma mulher feita mas com cabelos coloridos e tatuagem na batata da perna escrito carpe diem, me abraçou como se não tivesse tido ontem. Beijou minha boca como uma esposa fiel, me ninou confortavelmente como uma mãe que agora ensina o filho e se colocou ao lado para preencher o meu vazio. O que vem depois? Difícil dizer. Estou no limite do presente da narrativa que te mostro. Mas posso garantir que hoje entendo a necessidade desta senhora escrita que afaga meus cabelos neste momento. A preta velha que tudo me ensinou e que agora vê em meus olhos, aquele olhar apaixonado voltando. Eu sigo em frente buscando o equilibrio. Falam sempre que é necessário escolher, mas se os caminhos que se abrem está entre o caminho certo e o caminho feliz, busque o terceiro. É o que faço agora.
Venham comigo. Prometo no mínimo, um gole de café com borra e uma dose de aventura na estrada da vida.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Postulado poético



Escrever nunca foi um luxo, uma extravagância, um excesso. Para mim, se define como necessidade básica. É preciso se alimentar, respirar, excretar e rascunhar. Trata-se de um ato quase involuntário. E as contra capas de caderno, forros de almofada e 5 blogs estão aí pra provar esta constatação.
Antigamente, eu tinha certeza que fazia rabisco e não arte. Hoje, quando mergulho neste meu passado literário, as vezes me surpreendo com poesias de um menino tão ingênuo e criativo. Se eu pudesse conversar com aquele jovem garoto gordinho de cabelos rebeldes, eu ditaria meu postulado:
Ei, jovem! Levante e desenhe. Rascunhe um pouco mais. O que você faz é arte. E daqui há alguns anos, os extratos bancários vão tentar te dilacerar e te massificar em uma gaveta prateada de escritório. É preciso fazer arte. Viver não basta!
É preciso romper com as certezas conformistas e pessimistas. É preciso se abrir para novos horizontes. Conhecer novas regiões, beijar novas bocas (mesmo que seja da mesma pessoa, afinal sua companheira muda a cada dia) e excluir de vez o termo"eu nunca faria isso". Afinal, hoje me dizem que beijar na chuva causa gripe, que dar um abraço sincero pode ser assédio sexual e que só devemos ouvir aqueles que nos ouvem.
É preciso romper! Sair dos paradigmas que nos solificam em nossas desgraças. Somos maiores que nosso corpo e mais sagazes que nossos smart phones. Somos os nossos sonhos. Não os enclausurem em uma caixinha de coibições e inseguranças. É muito apertado e sombrio. Eu sei. Eu estava lá até agora.
Ei, jovem! Abre os olhos e veja a cada dia o novo amanhecer. Se todo dia, ele se apresenta com nuances diferentes, por que definhar em um mesmo jeito de ser?
Permita-se! E busque a felicidade na doação para o próximo. Doar-se! É incrível Tente. Arrisque. Viva como se não houvesse amanhã. Um lindo intelectual já nos disse "porque se você parar pra pensar, não há".
Ei jovem! Não esqueça seus objetivos de crtescimento, mas não perca o brilho nos olhos. Amadurecer não é endurecer.
Tornar-se responsável não é sinônimo de ser chato.
Ter cautela não significa anular riscos.
Para se encontrar na vida, não precisa se perder no sistema.
É preciso romper!

Eu dedico esse retorno ao blog para toda minha família. Família de sangue, família de amigos e sobretudo a família cinco lados que é um pouco de sangue ecompletamente de amigos.
Sobretudo a Paty Augusto, Deise Daros, Luiza Calafange e por fim, àquela que dedico este postulado, Mare Soares

Imagem de Anita Malfati, a renegada genial!

domingo, 23 de outubro de 2011

driblando obstáculos

Respira fundo, enxuga lágrimas e vem!
A cada queda, vamos conhecendo mais o chão de barro, o asfalto quente. Passa por cima, pelo lado, mas nunca por dentro, porque nossa essência é só nossa.
E na cama do hospital, se planeja a alta. E na saida do hospital, se vê a recuperação.
E a cada passo dolorido, o reaprender a andar, a mover os mebros lentamente.
E que saudade de dançar. Mas já não dançava há décadas. Um bom motivo pra voltar.
Stop. Não foi só um automóvel. Foi um baque de vida.
Vamos voltar a ativa, meu povo. Porque o apito final não soou. Estamos na prorrogação e nada de morte súbita. A partir de agora, vamos falar mais da vida. Como esse blog nasceu e como juntos, não vamos deixá-lo morrer.
Borra está de volta!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Soneto ampulheta do amor bumerangue


Soneto ampulheta do amor bumerangue

Minha sina é te perder.

Faço tanto que esqueço;

Histórias lindas com você.

Apagadas e sem endereço.


Seu gosto, não me lembro mais.

As imagens que tenho,

São fotos antigas de jornais,

Que guardo sem ferrenho.


Mas um dia vou chorar.

E muito tarde vai ser

Nossos momentos vão me lembrar:


A forte saudade de você.

Mas é só tempo voltar,

E tudo vem a reaparecer.


Sou ferrenho, guardo jornais.

Pois fotos são imagens.

De você não lembro mais.

Seu gosto é uma bobagem.


Sem endereço e apagada,

De você, linda, só histórias.

Tu só não somes na página virada,

Pois minha sina é te ter na memória.

sábado, 11 de junho de 2011

ruiva no telefone

Ela conversava animada, enqanto as crianças brincavam. Faziam uma algazarra, gritavam, pulavam, estavam felizes.
Do outro lado, ouviamos as crianças brincando, brincando, felizes.
Mas menina ruiva nada ouvia.
As crianças que brincavam ao seu lado, eram o silêncio sepulcral de uma noite fria.
Vai ver que a menina só fingia não ouvir...
Vai ver que preferimos deixar as crianças brincarem, sem incomoda-las.
Vai ver que nem eram crianças...
Vai ver que nem estavam brincando...

sábado, 30 de abril de 2011

reflexões derradeiras de um abril despedaçado

Acredito que a vida seja execução de um grande planejamento; e que por trás de tudo, até de um raio de sol ha uma fórmula complicada de várias incógnitas e variáveis.
Por isso, cabe a nós , capitães do nosso dia, a grande escolha de conduta: ou somos poetas ou cientistas. Podemos ser um pouco dos dois, mas não creio que consigamos exercer as duas funções simultaneamente.
Mesmo que escolha os números, te convido na folga olhar a vida como um cenário divino e magnifico. Faz bem aos átomos que te compõem.

Princesa de Uberlândia

Vem com olhos pontuais mas a incerteza do futuro, mas vem.
Chega de mansinho ou fazendo sentir a sua presença. Tanto faz, vem.

Diz queo noivo vai se casar todo de branco mas quando o conhecer ele deve estar de jeans.
Fala que sofre por amores terceiros não resolvidos
mas tudo bem, não há importância.

Fala de poesia, de sertanejo, de cervejas proibidas ou da paixão de Cristo.
Converse sobre política, trabalho, marketing, viagens e assuntos afins.

Não importa o fim da poesia, o fundamntal é que ela já começou.
Não me preocupo se o resto será crônica literal ou versos épicos.

O importante é o presente, o carinho, a intensidade do momento.
Por isso, princesa que não é do William nem da Europa, vem.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

desabafos de um velho sem silicio

Ai meu web filho, seu Paiberrie já está mais velho que Ipad...
Sou de um outro tempo. Quando achávamos que o tempo era uma medida calculável, acredita?
Sou velho como televisão 3d ou aparelho blu-ray. Na minha época, as crianças só tinham um aparelho de comunicação cada um. Sim, sim, a gente achava que era suficiente. Chamávamos de celulir ou celular, algo do tipo.
Era um mundo engraçado, o passado. Não tinha tecnologia quase mas achávamos que estávamos arrasando. Lembro que as pessoas chamavam de computador de bordo, quando o carro calculava e fazia uma manobra automaticamente sem uso das mãos.
Sim, nessa época jurássica usávamos as mãos. Tudo bem manual: digitar era um verbo da época que significa usar os dedos, essas extremidades que fazem cócegas da sua Handconection.
Ai que saudade de poder entrar em casa e não ter nenhuma máquina te aguardando com os confortos do lar.
saudade de quando falávamos um com outro e saiamos em bares e trocavamos olhares sem globos oculares nanoimplantados.
Quando beijamos e não sentiamos o gosto metalico dos circuitos tão fundamnetais na nossa saude.
Saudade de um mundo que a web ficava em computadores e rústico significava nenhuma tecnologia mesmo.
Sei que estou me delongando como um e-mail do século passado, mas não me descarte na rede de lixo virtual. Posso ser util como uma reliquia. Igual aquela projeção holográfica que eu tenho no sotão. serve pelo menos pra lembrar de um tempo que se sorria também com o rosto.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Frase da semana:

Quando você acha que encontrou todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.

domingo, 17 de abril de 2011

Lua cheia e novos amores

Há quem pense que a lua cheia inspira. Outros, acham bobagem. Eu acredito que é uma excelente desculpa usar algo tão belo pra falar de amor.

Eu queria estar em um relacionamento amoroso. Não, não se trata de um texto pra ser postado num classificado na coluna PROCURA-SE. Ms é um desabafo sobre o amor.
Queria os pequenos atos. Alguns já descritos aqui como falar bobagens, trocar mensagens, falar amenidades.

Queria também estar amando pra poder falar frases de cinema e da literatura clássicas e que acho que se enquadram em alguns momentos da vida. Por exemplo, Estou sonhando. nem ouse me acordar. Ou tudo que nos separava subitamente falhou. Já usei essas frases eternas em relacionamentsoa ntigos. O problema é que o relacionamento não foi tão eterno...

Mas hoje escrevo em prol da vida, da lua, das novas conquistas. Pois estou em busca do amor poético, dos versos , do cavalheirismo necessário. Do amor eletrizante, empolgante, animal mas também carinhoso e romântico.

Nesse sentido, eu sou velho, arcaico. Mas talvez seja um diferencial. Eu nasci velho e dessa forma quero ir até o fim dos meus dias terrenos. De braço dado com o amor da minha vida. O que tem de mais ser um pouco cafona e romântico, quando o assunto é amor?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um pássaro pousou na minha janela

Em um dia de angústia, escrevinhando bobagens;
Eis que surge um feio pardal ruidoso e distraído.
Ele não é corvo, não há umbral e nem plumagens.
Mas pousa na minha janela. sem pio ou grunido.

Se eu fosse poeta, faria o soneto do pardal empavonado.
Se fosse um ogro, espetaria com um lápis e teria um jantar.
Se racional, analisaria os riscos em uma tabela de dados.
Se sentimental, me inspiraria no pardal, como se faz pra amar.

Mas não sendo nada desses adjetivos pomposos escritos,
Levantei-me com sono e me atirei em um canto qualquer.
Como o pardal, sou nômade e vago torcendo pra ser bem vindo.
Entrando em seu quarto e esperando o adjetivo que você tiver.

domingo, 10 de abril de 2011

Em busca da última chance

É como se todos partissem em uma marcha fúnebre em direção a porta. Eu sentado no canto escuro do quarto, isolado, tento gritar para ficarem comigo mas as mordaças não permitem. Tento me jogar na frente das pessoas, mas meu corpo paralisado não me dá essa regalia.
O que funciona em mim são os olhos.
Olhos que veem o mundo se afastando;
olhos para chorar a vontade;
Olhos que nada mais verão qunado o último
olhar pra trás, nada ver e fechar a porta esperançoso.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

sobre a semana poética

Saudade dos tempos que balas eram de hortelã., chocolate, coco...
vinham embaladas, formosas, brilhantes , imperdiveis....

Semana que vema a poesia volta. Falando de vida, de amor.
Afinal, é o que vale.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Aos amores

Em uma vida, tão pequena
Já amei por vários séculos..
Já amei donzelas e anarquistas;
Poetizas e santas e e prostitutas.
Já amei irmãs, já amei por amar;
Já fingi, fingir o amor que deveras senti.
Já disse não te amo, amando.
Fiz juras de amor sincero a uma desconhecida.
Amei por séculos, milênios , anos luz.
Mas ainda tenho muito a amar,
Pois amor eterno, esse ainda não amei.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aos amigos

Aos amigos
Eternos. Amigos. Risos, suspiros.
Uma palavra, uma voadora.
Amigos, amigos.
Negócios pra que?
Amigos satélites. Ficam, ficam.
Amigos cometas, tchau, bye.
Amigos que escrevem páginas;
Capítulos, ou mesmo notinhas de rodapé.
Amigos que definem orelha do livro.
De todos, prefiro todos.,
De um, sou de todos.
Amigos eternos. Amigos que coleciono.
E que busco cultivar.

domingo, 3 de abril de 2011

Semana poética do blog

A semana se inicia com uma menção a poesia.
Um brinde aos versos que dançam e que decidem a hora de entrar em conversa e ahora de finalizar. Uma semana de homenagem ao colorido da vida que tantas vezes se esconde nas dores dos homens. Até sexta, uma poesia ou uma tentativa poética ( mais apropriado) que vai evidenciar o afeto a tudo que nos faz bem.
Espero que gostem.

Grão
Nem mar, nem sol, hoje sou grão.
Grão que sobrevive no equilíbrio.
Entre a beleza ruidosa e o silêncio.
No trabalho incessante e humilde.
No dorso de gaivotas indecisas;
Na crina de cavalos certeiros.

Nem sol, nem mar. Hoje sou grão.
Como meus antepassados foram;
E hoje germinam em outros planos.
Grão seco o suficiente pro deserto;
Mas poroso pra aprender a aprender.

Nem sol que queima em demasia.
Nem mar que afoga afobado.
Simplesmente grão que existe.
Nas lições que insiste em resistir.

Nem sim, nem não; nem tudo ou nada.
Nem lá, nem aqui, nem sei, nem sou.
Mais que pouco, menos que tudo.

Um caminho, uma trilha, um passo.
Um pé, um dedo, uma unha.

Uma ideia, um suspiro. Um grão.

sábado, 2 de abril de 2011

Soneto do amigo

Soneto do amigo
Ou o soneto da saudade
Ou soneto do egoísmo
Ou o nome que você quiser dar.

Tenho amigos de todos os cantos.
Com suas nuances e vários trejeitos.
E quando um vai, o choro é tanto.
Que sou eu que definho no leito.

Porque não parte só um pro descanso.
Vai um pedaço de todo meu legado.
E de remoer as histórias, não canso.
Pois perco uma aresta. Todo um lado.

Os amigos que restam e que são tantos
Ficam me dando afeto perante meu leito
O problema é que não importa o que se faz.

Apesar do carinho, continuará suave o pranto.
E apertará no instante que sozinho deito.
Pois enquanto só durmo, ele descansa em paz

quarta-feira, 30 de março de 2011

Voyerismo ou omissão?

Acabou o BBB. Maria ganhou Entre mau mau e Wesley deve acabar escolhendo uma terceira opção. Na política, Jair Bolsonaro continua nos enchendo de desgosto. Em são Paulo, a gente tem Tiririca que não faz nada mas respeita o povo...

O que somos e o que queremos ser?
Telespectadores passivos? Tomara que não. Mas hoje percebo que muita gente está desligando a TV (OBA!!!!) e não fazendo nada. Nada? Nada... Mas que tal ler um livro? Cansa... Conversar com amigos? A internet está lenta. Ir num bar e encontra-los pessoalmente? Está perigoso. Então, o que você vai fazer? nada... Pensando bem, vai ver Big Brother.

Pra concluir, estava em um ônibus quando pasamos por um desastre. Já pensei naquela cena de várias pessoas se levantando pra ver o que estava acontecendo. Mas não. Ninguem se moveu. Não levantamos os olhos, ninguem teceu comentários.
O ônibus passou e meu medo aumentou.
Eu sou totalmente contra evidenciar tragédias, exibir o sensacionalismo e tudo que envolva sangue, nudez e vícios excessivamente.
Mas omissão é bom pra quem?

terça-feira, 15 de março de 2011

Persistir e acreditar

Para os leitores atentos, existe sim um texto de 2009 com esse título. Para os leitores desavisados, relaxem: trata-se de um novo texto, uma nova era.

Na época, escrevi sobre uma aluninha minha que definiu muito bem a diferença entre as duas palavras e terminou sentenciando: "Muitos acreditam, poucos persistem". Na época, eu fiquei embasbacado e foi por causa dela, uma menina de 11 anos de idade que passei a buscar a educação com mais empenho e vontade.

Hoje, escrevo renovado. Com um raio de sol que brilha no horizonte depois de uma noite fria e sinistra. Eu, no alto de um penhasco. Para alguns, um guerreiro por ter chegado tão alto. Para outros, um suicida, pois estava há um passo de uma queda lamentável. Não, em nenhum momento pensei em pular, mas confesso que a vontade de voltar ou de me esconder ou correr para a saia da mamãe pedindo colo e cobertor foi enorme. Mas inisiti na jornada e cheguei no alto do penhasco. A noite fria, então, começa a se dissipar com os raios de luz que penetram tímidos no véu negro. A paisagem começa a constrastar no ambiente e é possível ver as curvas dadas no escuro, os obstáculos superados pela intuição e algum conhecimento prévio de faculdade e amigos.

Eu comecei a subir menino , ingênuo. Hoje, me vejo no alto, homem.A bagagem de menino sonhador é muito parecida. Ainda ando com a bandeira da transformação e com a faixa de sonhador rotulada pelos zombeteiros, esses que sem querer ajudam o nosso progresso.
É certo que agora, deslumbro mais caminhos, em estradas muitas vezes desertas, áridas e sem luz. Parar é impossível para um sonhador com a bandeira da trasnformação.

Incrível é ver o mundo e se orgulhar de fazer parte dele e de ser um dos que buscam o melhorar.
Lembrei novamente de minha aluninha de 12 anos. E falo baixinho, para que em sussurros, talvez ela ouça onde estiver: Eu acredito e persisto. Vamos em frente!

quarta-feira, 9 de março de 2011

saudade, deixa ela aumentar

Deixarei a saudade aumentar,
se assim for de seu interesse.
mas aviso, sinhá moça, desde cedo.
Que não aprendi a me temperar.

Sou pele, menina, sou toque.
Não falta na cesta abraço e cafuné.
No meu lugar, quero que se coloque
e me diga como privar o que não puder?

Sou pegada, dengo, beijos e carinho.
Não há como mudar anos de progresso.
Sou mão dada, sexo e falar baixinho.
Por isso não queira me travar, o que te peço.

terça-feira, 1 de março de 2011

Levanta, sacode a poeira


É agora! Não adianta deixar pra depois. Depois de tanta marola, depois de tanta pancada, depois de toda essa porrada, é tempo de reagir. Já caimos, já, choramos, já nos desesperamos. Tudo foi importante e necessário. Vamos que vamos, vamos pra frente, buscar a vida, novas correntes, novos segmentos.
União com amigos, família, com aqueles que nos fazem bem. é preciso fazer uma corrente de gargalhada pra espantar o sombrio. É preciso abraços sinceros pra espantara solidão. Dá urros de alegria pra espantar de vez a depressão. Trabalhar no bem, nas questões que auxiliem a reforma íntima.
Pra sair do buraco tem que usar os próprios braços. Tem que querer de fato. Tem que olhar pra dentro e ter humildade pra saber que ainda tem muito parafuso solto, mas também se orgulhar da caminhada penosa e produtiva feita até então.
Tem que olhar pra fora e agradecer porque tem gente que está enfrentando problemas muito mais graves. E com esse mesmo olhar, ceder um pouco do seu precioso tempo pra auxiliar o próximo.
Vamos que vamos!
A hora é agora porque não temos outro tempo. Ou talvez, nunca tivemos tempo algum.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O último Dejà Vu

Acabou. Não tem mais novo pra se ver, pra admirar. Tudo é passado, é velho, é rotina. Acabou. Ninguém sabe como e muito menos porquê.
Deram uma festa e esqueceram de te chamar. Abraçaram todos os braços mas os seus sobraram. Brindaram o futuro e o seu copo não tilintou.
Você desce, vai pra rua, tenta morrer pra mostrar que está vivo. É banal, é costumeiro, é clichê.
Você não consegue nem morrer em paz, você não consegue mostrar que está vivo.
Você abre seu armário e as roupas tem etiquetas . Devem ser pra ajudar a se vestir, mas você nunca viu isso. Mas não há nada pra ver. Seu terno já foi escolhido. O caixão é ac0olchoado e o buffet começa as 15 horas. você nunca tinha visto tanta comida e bebida. e apersa de ser em sua homenagem, você é o único que não pode consumir nada. Regras , etiquetas, paradigmas.
Você deita e implora pra fecharem o caixão, mas eles , até nessa hora, te ignoram. Só fecham na hora que querem.
Até que o vinho acaba e resolvem ir embora. Um por um, vai saindo, se despedindo de todos, menos de você, lá deitado, jogando paciência sozinho. caixão aberto. todos saem, ninguém fecha. E você fica lá se perguntando: Se morri, por que não me enterram? Qual foi a causa da morte? Onde está o paraíso? Mas ninguém responde. Você simplesmente não tem mais significado. E nem pode descansar em paz. Vida longa ao defunto chamado relacionamento moderno.

campanha: Viva o ponto final, pare com reticências no amor.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

meu novo quem sou?


Sou um toque delicado. mas tão delicado que você nem sentiu.
Sou um vento, uma brisa, um suspiro, uma leve respiração, uma minúscula movimentação do ar. E da mesma forma, você não notou minha presença.
Sou um olhar anônimo na sociedade. Tão anônimo, tão entranhado na selva de globos oculares que passei despercebido.
Sou uma pegada no meio de uma romaria, uma gotícula de uma extravagante cachoeira. Ou então uma nota quartifusa em um concerto de 6 horas de duração.

Alguns podem me resumir como insignificante. Tudo bem, estão no direito. Mas sem meu toque delicado, você talvez não tivesse força pra levantar nem um suspiro, nem essa breve respiração. E talvez não fosse pra rua e usasse todos os seus olhares em tudo que chama atenção e naquilo que completa paisagem. E sem a minha pegada no meio da sua caminhada pra vitória, talvez você tropeçasse, caisse, rolasse ao chão. Sem força pra se banhar na cachoeira ou ir a um espetáculo musical. E dessa forma, sem força pra sorrir, pra encarar o lado bom da vida e até mesmo pra viver.
Sim, sou uma pequena parte do todo. Praticamente invisível mas indispensável no conjunto da obra. Juntos fazemos motores roncarem, revoluções estourarem, primaveras reinarem.
Sozinho, sou desprezível. Mas tenho um segredo pra você, meu caro amigo:
EU NUNCA ESTOU SOZINHO.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

angu e cafuné

Não adianta, seu moço, trazer prato enbelezado pra tentar me agradar.
Cheio de iguaria, com bicho de patinha só esperando pra me dar o bote.
Esses tal de camarão, patati patata com fritas. Molho vinagrete e dietete.
Traz um gostoso angu bem mexido como minha preta velha fazia.
E depois que eu coma até o papo ta cheinho, me deita no colo, me faz cafuné.
E canta pra mim a canção que ela cantava das festas que frequentava.
Ô abre a roda pra poder cantar
Pede benção a Oxalá
E proteção aos guerreiros de são Jorge
Nos mares de Iemanjá.
Angu é prato da terra, daqueles que tem raizes bem fortes.
Que sua, que sangra, que namora na maré baixa.
Cafuné, esse sim, é iguaria dos deuses.
Porque comer angu da preta velha não era pra qualquer um.
E depois dormir com cafuné e pança cheia, e amúsica que continua.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

voo do pássaro

Essa semana estou fazendo um curso que promete me ajudar muito a fazer reflexões mais profundas. E fomos questionados a pensar no que estamos guardando em nossos corações, nossos sentimentos. Somos convidados diariamente a ouvir mais, ser mais tolerantes, ver o lado belo da vida. E quase diariamente nos escondemos em desculpas e frases prontas e taxamos o mundo como vlão.
"Melhor guardar um voo de um pássaro do que um pássaro sem voo."
Vamos ouvir mais, ler mais poesia, buscar as belezas, amar, beijar, fugir do sexo pelo sexo e encontrar as carícias tão raras nos Homens de hoje em dia. Vamos cantarolar mais vezes, pular na grama sem medo das formigas, vamos ouvir o silêncio e abafar o falatório fútil e malicioso.
Vem comigo, vem comigo, vem comigo.
As asas do pássaro estão abertas, esperando apenas nós dois. Vem Nessa aventura. Embarque na emoção única da vida.
Vamos aproveitar os momentos. Apaixone-se!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pincel manchado

Garoto lunático!
Quantas vezes tenho que te mostrar, ó!
Sol é amarelo e não verde com bolinhas prateadas.
A grama , sim, é verde; não tem nada de lilás.
Os animais tem diversas cores, você pintou eles de preto.
Todos de preto. Garoto lunático! Você não aprende?

E ela saiu batendo a porta pra provar que estava chateada.
O garoto ficou olhando o desenho tentando entender as recomendações.
Não via nada de errado, parecia tudo certo.
Afinal, como ela dizia, ele era lunático.
E visto a noite, com a luz da lua, era tudo assim...
Menos o sol que só ficava verde por vergonha
E se escondia atrás das estrelas. Pra ver a lua, apaixonado.
Todas as noites. Todas as noites com a luz da lua.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Metáfora quase romântica

Certa noite , tive saudade de você e chorei, chorei.
Na noite seguinte, não pensava mais em você, mas tive saudade de chorar.

Te troquei, amor. Te troquei por cebola e chorei, chorei.

PS: Esse texto é meramente debochativo sem nenhuma alusão com a realidade. Qualquer semelhança é meramente coincidência. Campanha do mês: vamos rir, Brasil!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Amigos da Borra:Thaiane Rezende

Conheço ela há pouco tempo. Apresentados graças a uma anjinha ruiva que mora no meu coração, Thaiane é como as fadas. tem seu brilho, suas missões e quando entram no ambiente, logo sabemos. Ela é como as fadas porque as fadas não conseguem ter mais de um grande sentimento por vez. Se amam, amam intensamente; se estão tristes, murcham por completo e a raiva... Haa, a raiva...
Ela é uma grande escritora. Tem um blog que merece ser visitado, lido com calma e com delicadeza.
Selecionei um texto dela para exibir aqui que me chamou muita atenção e me emocionou deveras. Sobre amorte do rei do pop, nosso querido Michael jackson. Vejam a profundidade do texto e concordem comigo: Mais uma amantes dos versos e poesias que está no meu círculo de amizade.

Ontem você era uma estrela
Seu brilho aqui era eterno
Sua vida era o exemplo do planeta
Sua voz era o resultado do esmero.
Que você teve ao superar
seus obstáculos e seus infortúnios
Missão cumprida, decidiram te levar
Naquela inacreditável noite de junho.
Um vazio musical tão grande
seus passos, suas notas, seu jeito são imortais
Sua alma vaga em algum paraíso, errante
Velada pelo amor de seus fãs leais.
Você que um dia quis salvar o mundo
Concertos em todos esses continentes
Segregados, os diferentes andavam juntos
Para você, não havia o diferente
Todos tinham uma face, um coração
Cada um com suas vida e história
Do amor mundial, você foi a razão
De algumas conquistas, você foi a vitória
Sua inocência infantil
se estendeu ao seu mundo adulto
poucos entenderam sua misericórdia pueril
seu jeito autêntico foi um insulto
Não sabemos entre que anjos está
Algum protetor musical abençoa sua voz
Nossa música, perdida por uma geração má
Estrela, sabe o vazio que deixou em nós?
Um sorriso que jamais se apagará
Seu reinado no mundo pop é eterno
Voe, menino, homem, redenção que te esperará
perpetuará a febre chamada Michael Jackson
Algum dia nos veremos nesse lugar
Sua voz musicalirazá vários poemas
Um perdido na terra, um guerreiro no ar
Voe! Para a maldição não deve haver algemas
Se da revolução você foi o monstro
Da música você é o pai
Agora choramos por nosso desencontro, porém...
You'll our eternal star in the sky

http://calledelasoledad.blogspot.com/

sábado, 5 de fevereiro de 2011

metáfora do mês- Busca da água

O cenário é um desolador deserto com um sol de rachar. No centro da tormenta, um homem de meia idade busca água. Corre para um lado onde acredita ter visto uma nascente, mas ao mergulhar se vê enterrado em areia. Miragens o cercam e debocham de sua fraqueza. Ele continua sua busca vendo nascentes brotarem e corre com sofreguidão para cada uma delas tendo o mesmo fim de desapontamento.
Já sem aguentar mais, se ajoelha no deserto e chora. E vê então a água que tanto buscava saindo de seus olhos e dos seus poros no suor que só percebe naquele momento. E feliz, deita na areia quente entendendo o recado que lhe é deixado.

Quem entendeu e quiser comentar,
aumente um ponto; quem não quiser,
aguarde o próximo conto...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cesta da canção com Maria gadu

Vamos voltando essa coluna semanal gostosa. Cesta da canção vem com Maria Gadu e sua bela voz, seus sentimentos transbordando.
Sem muito a falar, dê o play, aumente o volume, apague as luzes e relaxe...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

caminhos e descaminhos

Nos passos firmes, a gente decide: ou se vangloria e agradece dos que já foram dados ou lamenta os que ainda precisam ocorrer para chegar ao objetivo.
É a velha questão do copo meio cheio e o meio vazio.
E aí? Qual é seu time? Qual sua bandeira? Qual a forma de encarar a vida?
Responde que eu te digo se continuo caminhando com você ou vou pra casa jogar video game...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Em uma noite quente de verão...

Vulto na janela...
É ela, é ela...
Vem pra cá menina...
me nina, me nina.
Faz um cafuné gostoso.
To só, to só...
Deita-me na cama,
me ama, me ama...
Mas não me dê um beliscão.
é o cão? É o cão!
Nem precisou de mais um peteleco.
é o eco, é só o eco.

Viro pra lado e durmo sozinho.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O que é isso companheiro?

Hoje é dia 25 de janeiro. E já tem gente reclamando da vida, criticando o ano, murmurando como o mundo é injusto.
Vamos lá, companheiros! Não é hora de desanimar. O primeiro trimestre é o de planos, de força total. Aquelas promessas do reveillon ainda estão vivas. Sei que em julho, elas já foram pro baú do esquecimento mas em janeiro, não.
Então vamos sair desse marasmo, desse pensamento baixco astral, vestir roupas mais coloridas, sorrir, ag5radecer mais e se queixar menos.
Tem muito trabalho, muita faxina e muito caminho pela frente.
Desânimo deveria ser uma palavra extinta do dicionário, mas já que não dá pra fazer isso, vamos colocar apenas uma regra: Usá-la só a partir de abril!

domingo, 23 de janeiro de 2011

acorda garoto!

Levanta dessa cama, troca essa roupa. Hoje é domingo, vamos passear. Você já foi mais ativo, mais impulsivo, mais espontâneo. E hoje está aí chorando por saudade, por ter se sentido usado, por não ter tido tempo pra mostrar seu amor.

Acorda desse sonho que outros virão. Saia desse marasmo, volte a caçar nuvens e escrever poesias na última página do caderno.
Venha menino. Volte a ser você.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um café com borra, por favor

Eu já reparei que sempre quando não tenho o que escrever venho a esta cafeteria parisiense. Eu sei que parece um bordel mas é culpa de vocês que enfeitam com pensamentos pecaminosos. Era pra ser um local pacato e tocar jazz. Não posos fazer nada se pintaram as paredes de vinho, colocaram almofadas no chão e toca esse delicioso bolero.
Desisto de esperor a garçonete.O único funcionário que continua empregado é o Seu Montanha. 200kgs de peso, toquinha branca na careca, um chort tão caido que se torna devasso e um avental sujo de molho vermelho que espero ser catchup.
Vou até o balcão e sirvo um café frio que tomo em um só gole.
E o preço da globalização e das crises que atingiram, enfim, meus poemas e crônicas.
Um cafe parisiense que já foi frequentado por dezenas de intelectuais, poetas e vendedores de sonhos. Que levantávamos na mesa para derramar versos com energia vital. Berrávamos ao vento, nos completavamos, nos enchíamos de amores letrados.
Mas abandonei o cafe parisiense para me trancar em escritórios. Muitos poetas ainda estão sentados nas cadeirinhas sujas aguardando a volta da poesia, da garçonete e talvez até de uma pirueta do Seu Montanha. E passei a vir para reviver os momentos e não escrever outros capítulos. Usar esta cafeteria para tentar olhar o espeçho engordurado graças a tentativa frustrada do seu Montanha de fazer hamburgueres, e lembrar quem sou.
Engulo café frio e saio novamente do cafe parisiense com vontade de mudar a situação e bombar novamente esse café. Para isso, algumas providências devem ser tomadas. E a primeira é comprar um cinto pro Seu Montanha. está vergonhoso.