É como se todos partissem em uma marcha fúnebre em direção a porta. Eu sentado no canto escuro do quarto, isolado, tento gritar para ficarem comigo mas as mordaças não permitem. Tento me jogar na frente das pessoas, mas meu corpo paralisado não me dá essa regalia.
O que funciona em mim são os olhos.
Olhos que veem o mundo se afastando;
olhos para chorar a vontade;
Olhos que nada mais verão qunado o último
olhar pra trás, nada ver e fechar a porta esperançoso.
Eu até hoje nunca conheci quem não gostasse de Borra. Sem malícias e delícias, borra é aquele líquido mais grosso do café e do nescau. É onde fica todo o açúcar que apesar de ser proibido pelos médicos, é o melhor da bebida. Borra de vida evidencia os momentos doces e incríveis e nos convida a partir para uma viagem pelo lado tão bom e tão esquecido da vida. A viagem é arriscada e pode nos fazer não querer mais voltar a nosso mundinho cinza. e daí? Vale a pena o risco.
2 comentários:
Ai, muito triste isso...
não achei tão triste, o final dá esperança. =]
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