terça-feira, 21 de junho de 2011

Soneto ampulheta do amor bumerangue


Soneto ampulheta do amor bumerangue

Minha sina é te perder.

Faço tanto que esqueço;

Histórias lindas com você.

Apagadas e sem endereço.


Seu gosto, não me lembro mais.

As imagens que tenho,

São fotos antigas de jornais,

Que guardo sem ferrenho.


Mas um dia vou chorar.

E muito tarde vai ser

Nossos momentos vão me lembrar:


A forte saudade de você.

Mas é só tempo voltar,

E tudo vem a reaparecer.


Sou ferrenho, guardo jornais.

Pois fotos são imagens.

De você não lembro mais.

Seu gosto é uma bobagem.


Sem endereço e apagada,

De você, linda, só histórias.

Tu só não somes na página virada,

Pois minha sina é te ter na memória.

sábado, 11 de junho de 2011

ruiva no telefone

Ela conversava animada, enqanto as crianças brincavam. Faziam uma algazarra, gritavam, pulavam, estavam felizes.
Do outro lado, ouviamos as crianças brincando, brincando, felizes.
Mas menina ruiva nada ouvia.
As crianças que brincavam ao seu lado, eram o silêncio sepulcral de uma noite fria.
Vai ver que a menina só fingia não ouvir...
Vai ver que preferimos deixar as crianças brincarem, sem incomoda-las.
Vai ver que nem eram crianças...
Vai ver que nem estavam brincando...