segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Desabafos

Sai dessa, descasca uma banana!

Por eu ser um jornalista formado , me sinto com autoridade para escrever essas linhas que se seguem...

Não vejam tantos jornais! Esqueçam de assistir as notícias. Troque pro canal de desenho animado. Muito mais saudável.

Não vejam o mesmo jornal sempre. Vocês acabam se bitolando em um tipo de jornalismo. O mundo não é só feito de guerras, violências e corrupção. O bom desempenho do seu time não serve apenas para te deixar menos chateado pelas crises financeiras. Escutem outras opiniões, outras seqüências.

Desliguem as televisões e conversem com seus filhos. Não é informação que vocês querem? Tenho certeza que eles tem várias! Desligue o computador e vá passear no parque. Imprima algumas páginas desse blog ( em papel reciclado) e vá ler deitado na cama comendo chocolate com a pessoa que ama(cuidado: ato afrodisíaco).

Pra que esperar o William Bonner e a Fátima Bernardes, os profetas das desgraças diárias? Por que achar que o mundo está perdido? Só por que jornais dizem? Jornais erram o dia inteiro e todos os dias. Com as suas burras hierarquias de importância esquecem de hierarquizar o ser humano. Lembrar que ele precisa sonhar, ter esperança, ver pontos positivos. Não só isso, mas um equilíbrio se faz necessário.

Quantas mortes o jornal falou hoje? Se continuarmos vendo isso, só estamos esperando quando seremos nós lá estampados declarados falecidos com nossas famílias chorando no enterro.
Um basta é o que peço, imploro, suplico.
Necessitamos ver além das cinzas. O mundo continua colorido se lembrarmos de abrir os olhos.
Frase: “Não existe rua sem saída pra quem sabe olhar pra trás” Gabriel O Pensador

sábado, 26 de janeiro de 2008

O fechar da porta



O fechar da porta. As vezes nem queremos que ela feche. Sabemos que há muito do outro lado, mas um dia, vai entender os porques, a porta se fecha. E a primeira reação é bater nela com força, tentar forçá-la abrir... arrebentá-la... tudo para voltar a ver o outro lado: mudar é sempre a última opção.
Depois se desiste de abri-la e vem a próxima etapa do homem burro: se lamentar pela porta fechada. Lembrar como era bom quando ela estava aberta e quanto se desperdiçou quando ela era uma passagem e a gente ignorava. Só depois é que se levanta e vai procurar uma outra porta . Normalmente, é so andar um pouco e ela aparece.... E a gente acaba esquecendo da porta antiga... Tudo fica feliz e você volta a botar toda sua confiança naquela porta.... Mas se esquece completamente que um dia, assim como a primeira, vai entender os porques, ela vai fechar... É a vida...

Frase do dia:o tempo é uma invenção da morte

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Para se fazer um samba com beleza, é preciso de um bocado de tristeza

Acabou. Estou sem inspiração alguma. Tento escrever mas não sai nada. Dizem que os cronistas quando não tem assunto escrevem do nada ou do ócio.
E lá estou eu por caminho parecido.

Uma dor de cotovelo, um fim de relacionamento, raiva de alguém e pronto. Ingredientes apetitosos para um texto fácil e interessante. Mas e quando a vida está maravilhosa?
Quando você está bem na vida a dois; sente luz na vida profissional; está mais disposto e até mesmo na vida social se vê representado?
Tentei escrever sobre essa nova fase da minha vida. Fiasco completo. Parece de uma criança de 8 anos que está viajando no seu mundo das nuvens. Meu deus, o que está acontecendo comigo? O amor... Só pode ser isso. Doses excessivas de felicidade.
Vinicius de Morais realmente estava certo. E agora o que fazer? Desistir de escrever? Enviar meus textos infantis? Por que posso até parar de escrever mas nunca desistir de um amor sincero e puro. Posso tentar me prender a saudade por não estar com ela em todos os momentos que desejo; posso até sentir raiva por estar tão amarrado no mundo... Talvez seja apenas isso. Pegar inspiração de outras vertentes, de outros sentimentos. Por que deixar o mundo colorido, quente e intenso do amor? Não obrigado. A vida assim está maravilhosa!

Mas olha a matéria que recebo hoje: tudo se encaixa!


PESQUISA CIENTÍFICA NORTE AMERICANA REVELA:FAZER UM BARRAQUINHO DE VEZ EM QUANDO FAZ BEM A SAÚDE! 24/01/2008 10:40:20


Brigar com o cônjuge pode prolongar a vida, sugere estudo


NOVA YORK (Reuters), 24 de janeiro - Brigar com o cônjuge pode ser bom para a saúde, já que as pessoas que engolem tudo morrem mais cedo, segundo as conclusões preliminares de um novo estudo da Escola de Saúde Pública e do Departamento de Psicologia da Universidade de Michigan, que acompanhou 192 casais durante 17 anos. Os casais foram divididos em quatro categorias - se os dois manifestavam sua raiva quando se sentiam injustamente atacados; se nenhum dos dois manifestava a raiva; se só a esposa se manifestava; ou se só o marido se manifestava. "Eu diria que, se você não expressa seus sentimentos para o seu parceiro e diz a ele qual é o problema quando você é injustamente atacado, então você está em apuros", disse Ernest Harburg, coordenador do estudo, em entrevista. A pesquisa concluiu que pessoas que engolem as mágoas têm o dobro de chance de morrer mais prematuramente que as demais.Houve 13 mortes no grupo de 26 casais em que ambos suprimiam suas emoções, e apenas 41 mortes nos demais 166 casais."Quando os casais se unem, uma de suas principais tarefas é a reconciliação a respeito do conflito", disse Harburg. "Normalmente ninguém é treinado para isso. Se eles têm bons pais, podem imitar, tudo bem, mas normalmente um casal é ignorante sobre o processo de resolução de conflitos". Segundo o pesquisador, o ressentimento é uma ameaça real e suprimir a raiva leva ao ressentimento.Esse ressentimento, por sua vez, interage com vulnerabilidades médicas que a pessoa possa ter, aumentando suas chances de adoecer."É saudável reconhecer que você está sendo atacado injustamente, e ainda mais saudável falar e conversar a respeito e tentar resolver o problema se você quiser viver mais", disse Harburg. Por Stefanie Kranjec

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Vitoriosos como somos



Venho aqui em defesa dos guerreiros românticos e inveterados e dizer que estamos cada vez mais fortes. O mundo insensível, as palavras virtuais, o cinismo declarado e a banalização do indivíduo continuam e continuarão como as nuvens negras que barram o céu perfeito. Mas mesmo com eles, os poetas vencem. No final, ainda se acha quem prefere um sentimento verdadeiro e não enrolado em bens materiais de última geração. Se no passado, o erro foi preponderante; hoje é um resquício. Uma lembrança, um conhecimento, uma página virada. E dessa forma se constrói um livro. Uma vida livro. Com textos sérios, trágicos e alguns erráticos. Mas no fim, podemos o classificar como um belo romance. Pois no fim, quem escutou a história com o coração se emocionou e quem pensou em mundos complexos, virou rodapé de página. Frase do dia: O amor supera tudo e junto com você, superaremos todos.A guerra foi declarada.10/1/2005

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Meu primeiro quase romance policial

Tic tac tic tac A hora passa, ele definha. Cadê o amor? Cadê o amor? Psicólogos, psiquiatras, advogados e polícia . Todos querem entrar na casa. Ele tem um refém. Ele tem um refém. A mídia sensacionalista se espreita na rua. Criam chamadas fantásticas. Ele vasculha a casa inteira. Ensadecido. Procura o amor. já revirou cadeiras, sofás e armários.
O amor não está lá. "Ele foi deixado" gritam os críticos de plantão. "Deixado". Ele atira contra um jornalista. Por sorte ou azar não acerta. A sociedade o julga. Procura antecedências criminais. Não tem. Ahh, tem sim. Com 12 anos roubou um buquê de flores. Criminoso. assassino. Tic tac, tic tac. sirenes na madrugada. Ele no sofá com insônia. Desliguem o som, apaguem o fogo do amor que ela me deixou.
"Ele foi deixado. Foi mesmo!" gritam as pessoas em frente a casa. "Deixado." Remédios, drogas, bebidas. Ele aparece na janela com uma foto. "Deixa o refém sair" grita a polícia. "Liberte esse filho de Deus que te acompanha" grita um padre transeunte. O refém não quer sair. Ele quer ficar. ele gosta de mim por enquanto. "Não gosta não" grita o psicólogo. "Deixe ele sair . Bota ele pra fora."
Se ele sair, eu fico sozinho grita o Homem. Silêncio na rua por alguns segundos. O detetive do caso ia falar engasgou em uma dor oculta no seu peito. Depois rosnou. "Saia e deixe ele aí. Ele deve estar com medo."
Medo? E o medo de ser deixado. O medo de passar a vida sem ser amado, sem ser ouvido. O medo de se acabar em cinzas. "Do que ele está falando?" " não sei, pergunte do buquê das flores quando tinha 12 anos." "Pra que, senhor? Qual a relevância dessa história?" "Não sei, mas quero ouvir. Temos que entender com quem estamos lidando." " Sequestrador, conte quando roubou o buquê aos 12 anos."
Essa época eu era um homem sonhador. Eu amava. Tinha uma namorada. Manuela. Quis fugir com ela. Casar, viver em um palácio. Dei as flores roubadas porque aliança devia ser mais perigoso. Descobriram. Ela não aceitou. Eu apanhei. Ela não aceitou... Vocês acreditam nisso?
A vida inteira busquei o amor. Mas ele não está nessa casa e não estava naquele buquê também.
Ele chora. A polícia levanta as armas. Tem pessoas emocionadas. Os jornalistas aumentam a iluminação e deixam o ambiente com um ar de século XVII. Ele entra na casa devagar e lá se ouve um som. Um tiro surdo mas com eco.
O psicólogo entra. Atrás um jornalista. No final, com sorte, entra os policiais.
Está lá. Ele morto. Suicídio. Tiro estrelado no meio do cérebro. Na escrivaninha uma carta com um convite de casamento. Não era dele. Olha senhores, parecem lágrimas. "cadê o refém?" Eu entro na casa. "Não tinha refém físico" falo com voz rouca e calma. "Como assim e quem é você?" "Sou apenas o escritor, relaxem, queria um papel nesse conto. Ele tinha um refém sim. Ele mesmo. Agora estão mortos."
"Causa. Suicídio?" gritou o jornalista. "Mas e agora? Não podemos cobrir suicídio. O editor não gosta." " Ele foi ssassinado" eu digo. "Morto por um louco que desistiu do amor. O desesperado matou o apaixonado."
No dia seguinte, os jornais deram essa versão do crime. E ele descansa em um lugar que ainda existe a iluminação do século XVII, buquês de flores e o tal do amor.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Guerra dos sexos I

Criaturas femininas. Lindas com o nascer do sol e delicadas como pétalas de rosas recém saídas dos botões. Nem sempre... O que encanta na guerra dos sexos é que todo mundo tem opiniões fantásticas sobre o fato. Há dias, minha nova amiga das letras Mare escreveu um texto bem interessante sobre os homens.Fala sobre o ser viril masculino contrastando com a fragilidade.Com as épicas lágrimas dos homens que parecem mais complicadas de sair do que as dos dragões. Seu texto transborda poesia, talento e suas idéias fantásticas. Fiz então um texto falando sobre mulheres. Sua complexidade, seus medos e paradoxos. Na disputa poética é assim. Quanto mais armas usarmos melhor pra todos. As palavras poéticas saem e fluem em uma descontinuidade deliciosa. Viva a liberdade de se expressar até na deliciosa guerra dos sexos!



Não e sim!
Apenas mulheres


Não pare, nem prossiga. Não discuta, não se arme.
Não me toque, não me beije, não me prenda em baluarte.

Não me fira, não me cegue, não atire!
Não me solte, sai de cima, não revide.

Aprisione, me domine, me prenda na coleira.
Ei, me larga, me solte- Não sou sua prisioneira.

Orações, romantismo, credo, ritos e feitiçaria.
Seduções, cinismo, medo, gritos e orgias

Continue, não prossiga. Me dê ouro, não me mime.
Não me entenda, revida! Todas as mulheres, o mesmo filme.

Para todas as mulheres tão enigmáticas e tão compreensíveis. Os homens gostam do corpo mas é pela sua confusão que nos apaixonamos

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Preta velha, Preta boa vestida de branco!

Ela chegou na porta do meu quarto. Vem desde cedo, desde quando eu tinha dentes de leite. Sempre me protegeu. Vinha menos ruidosa e saia sem fazer barulhos. Raras era as vezes que eu a via. Não queria me assustar. Preta velha. Preta boa vestida de branco Hoje, ela está mais saidinha. Vem, entra falando , preparando o café!Café bom e quentinho que arrepia a costela e desce queimando. Preta velha. Preta boa! Ela que me ensinou a ver mais gente., mesmo em quarto vazio.
Ela me ensinou a olhar a natureza e rezar por equilíbrio. Quando criança, fiz muita roda mas foi com ela que aprendi a fazer um círculo e evocar os 5 elementos. Eu lá, orando e ela atrás me espiando. Preta velha, preta boa vestida de branco. Foi nos braços dela que encontrei afago depois de sair chorando da igreja. E ela me levou a passear. De mãos dadas, não tinha medo. Mas na rua , aparentava estar sozinho. Ô Preta velha por que não aparece pros moços? Devia ser timidez...
E com ela conheci orações do nordeste e dos celtas. Entendi kardec, shekinah, Sabat e esbat. Ela me ensinou a ler o alcorão, Bíblia e Tanakh e me apaixonei pelas suas semelhanças. Enquanto estudava, Preta velha, Preta boa só ria, toda orgulhosa. Mas preta velha , preta boa andava meio insistente. Ela me chamava de médiun e eu nada respondia. Por tantas devem ter sido as investidas que um dia , Preta velha preta boa foi embora com seu café quentinho. Fiquei sozinho, sim. Ela fazia falta. Mas o tempo não me deixava sofrer com isso. Trabalho e corridas e gelei meus aprenizados. Isso até me chateou por um tempo mas a bolsa de valores e o risco de desemprego não ajudavam para eu me concentrar nos ensinamentos da Preta velha.

Fiz minha vida, enfrentei caminhos ásperos e lamaçais. Nunca foi fácil. Mas até que um dia, recebi um sorriso de uma moça. Ela não é como preta velha, preta boa mas começou a falar como ela. Mas tinha algo nela mais profundo e tanto quis saber o que era, que quando vi estava apaixonado.
Moça branca, moça boa e faz um chá quentinho e gostoso. E num desses chás, apareceu Preta Velha, Preta boa! Já chegou trabalhando e preparando o café. 2 copos. Beijou a moça branca e disse nos olhos dela: - Não disse que ele ia gostar docê? E foi pra cozinha rindo em alto som. Hoje ela fica escondidinha mas aparece quase sempre. E eu enquanto não estou fazendo os deveres da Preta Velha,Preta boa estou aprendendo com a moça branca, moça amor.

Esse texto é dedicado para o amor de verdade- LYTM

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Séculos de uma janela



- Sai da janela, garoto! Quer tomar um tiro no meio do crânio e ainda me dar trabalho pra limpar? Vamos, Xispa!
Minha mãe me removeu da janela por amor. Deve ser tradição, casa antiga e gerações evoluem. Minha avó tirava minha mãe da janela toda manhã. - Para de ficar esperando esse moço passar! Minha mãe, bem mais jovem, choramingava: só mais um pouco, olha, lá vem ele! E ela se arrumava toda. Em segundos, botava fita no cabelo, perfume doce como mel e ficava na janela como se não soubesse da vinda de seu amor. Minha avó achava isso promiscuidade! Só faltava agora usar saia e cantar essas músicas do demônio- Um tal de Beatles. Mas minha avó anos antes , não tirava os olhos da janela. Esperava seu marido, militar voltar de uma daquelas batalhas. Um terço de carvalho envelhecido, enrolava-se em sua mão solícita. A bisavó apenas afagava seus cabelos, já totalmente desesperançosa. Mas ela também sabia o poder daquela janela. Pulara muitas vezes pra poder brincar com os meninos. Lembra que deixou um namorado botar a mão embaixo das primeiras saias que ela usava. Ela usava 7, não havia perigo a mão em duas ou três. Sua mãe descobriu. Ralhou muito. Era uma filha de condessa, não podia fazer cousa desta. Mas esta também lembrar de esperar ansiosamente bilhetinhos de seu namorado que adentrava com um tiro de estilingue a janela dos pombinhos.

Séculos na mesma janela. Histórias tão diferentes e com romantismo duvidoso. Mas o garoto que de alguma forma conhecia a história daquela passagem de aventuras, ventos e um pouco mais deitou na cama desgostoso. Que vontade de ter um estilingue!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Lições de uma viagem para a praia

Praia da Joana- Rio das ostras - RJ- Brasil
janeiro 2008

  • Tem certas atitudes que vão achar loucura. Moral da história: Seguir a intuição e embarcar nos sonhos.
  • Tem certos planejamentos que não importa o quanta se faça, não vão adiantar. Moral da história: Siga sua intuição mais vezes.
  • Tem algumas viagens que podem ser tão boas como a hospedagem em si. Moral: aproveite cada segundo e desfrute tudo que possa.
  • Todos os beijos verdadeiros provocam marcas.Moral: Conheça as marcas existentes e saiba o que significa.
  • Todos os empecilhos e barreiras podem se dissolver com um bom papo. Moral: Jogar em pratos limpos só auxilia.
  • Todas as afirmações, paradigmas e dogmas podem ser quebrados de acordo com a maturidade. Moral da história: Seja humilde o suficiente pra mudar seu ponto de vista.
  • Dizer Eu te amo é difícil. Mas quando sincero, é uma das melhores sensações. Moral da história: A Borra de vida é muito mais doce mesmo. Comprovado!