quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O último Dejà Vu

Acabou. Não tem mais novo pra se ver, pra admirar. Tudo é passado, é velho, é rotina. Acabou. Ninguém sabe como e muito menos porquê.
Deram uma festa e esqueceram de te chamar. Abraçaram todos os braços mas os seus sobraram. Brindaram o futuro e o seu copo não tilintou.
Você desce, vai pra rua, tenta morrer pra mostrar que está vivo. É banal, é costumeiro, é clichê.
Você não consegue nem morrer em paz, você não consegue mostrar que está vivo.
Você abre seu armário e as roupas tem etiquetas . Devem ser pra ajudar a se vestir, mas você nunca viu isso. Mas não há nada pra ver. Seu terno já foi escolhido. O caixão é ac0olchoado e o buffet começa as 15 horas. você nunca tinha visto tanta comida e bebida. e apersa de ser em sua homenagem, você é o único que não pode consumir nada. Regras , etiquetas, paradigmas.
Você deita e implora pra fecharem o caixão, mas eles , até nessa hora, te ignoram. Só fecham na hora que querem.
Até que o vinho acaba e resolvem ir embora. Um por um, vai saindo, se despedindo de todos, menos de você, lá deitado, jogando paciência sozinho. caixão aberto. todos saem, ninguém fecha. E você fica lá se perguntando: Se morri, por que não me enterram? Qual foi a causa da morte? Onde está o paraíso? Mas ninguém responde. Você simplesmente não tem mais significado. E nem pode descansar em paz. Vida longa ao defunto chamado relacionamento moderno.

campanha: Viva o ponto final, pare com reticências no amor.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

meu novo quem sou?


Sou um toque delicado. mas tão delicado que você nem sentiu.
Sou um vento, uma brisa, um suspiro, uma leve respiração, uma minúscula movimentação do ar. E da mesma forma, você não notou minha presença.
Sou um olhar anônimo na sociedade. Tão anônimo, tão entranhado na selva de globos oculares que passei despercebido.
Sou uma pegada no meio de uma romaria, uma gotícula de uma extravagante cachoeira. Ou então uma nota quartifusa em um concerto de 6 horas de duração.

Alguns podem me resumir como insignificante. Tudo bem, estão no direito. Mas sem meu toque delicado, você talvez não tivesse força pra levantar nem um suspiro, nem essa breve respiração. E talvez não fosse pra rua e usasse todos os seus olhares em tudo que chama atenção e naquilo que completa paisagem. E sem a minha pegada no meio da sua caminhada pra vitória, talvez você tropeçasse, caisse, rolasse ao chão. Sem força pra se banhar na cachoeira ou ir a um espetáculo musical. E dessa forma, sem força pra sorrir, pra encarar o lado bom da vida e até mesmo pra viver.
Sim, sou uma pequena parte do todo. Praticamente invisível mas indispensável no conjunto da obra. Juntos fazemos motores roncarem, revoluções estourarem, primaveras reinarem.
Sozinho, sou desprezível. Mas tenho um segredo pra você, meu caro amigo:
EU NUNCA ESTOU SOZINHO.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

angu e cafuné

Não adianta, seu moço, trazer prato enbelezado pra tentar me agradar.
Cheio de iguaria, com bicho de patinha só esperando pra me dar o bote.
Esses tal de camarão, patati patata com fritas. Molho vinagrete e dietete.
Traz um gostoso angu bem mexido como minha preta velha fazia.
E depois que eu coma até o papo ta cheinho, me deita no colo, me faz cafuné.
E canta pra mim a canção que ela cantava das festas que frequentava.
Ô abre a roda pra poder cantar
Pede benção a Oxalá
E proteção aos guerreiros de são Jorge
Nos mares de Iemanjá.
Angu é prato da terra, daqueles que tem raizes bem fortes.
Que sua, que sangra, que namora na maré baixa.
Cafuné, esse sim, é iguaria dos deuses.
Porque comer angu da preta velha não era pra qualquer um.
E depois dormir com cafuné e pança cheia, e amúsica que continua.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

voo do pássaro

Essa semana estou fazendo um curso que promete me ajudar muito a fazer reflexões mais profundas. E fomos questionados a pensar no que estamos guardando em nossos corações, nossos sentimentos. Somos convidados diariamente a ouvir mais, ser mais tolerantes, ver o lado belo da vida. E quase diariamente nos escondemos em desculpas e frases prontas e taxamos o mundo como vlão.
"Melhor guardar um voo de um pássaro do que um pássaro sem voo."
Vamos ouvir mais, ler mais poesia, buscar as belezas, amar, beijar, fugir do sexo pelo sexo e encontrar as carícias tão raras nos Homens de hoje em dia. Vamos cantarolar mais vezes, pular na grama sem medo das formigas, vamos ouvir o silêncio e abafar o falatório fútil e malicioso.
Vem comigo, vem comigo, vem comigo.
As asas do pássaro estão abertas, esperando apenas nós dois. Vem Nessa aventura. Embarque na emoção única da vida.
Vamos aproveitar os momentos. Apaixone-se!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pincel manchado

Garoto lunático!
Quantas vezes tenho que te mostrar, ó!
Sol é amarelo e não verde com bolinhas prateadas.
A grama , sim, é verde; não tem nada de lilás.
Os animais tem diversas cores, você pintou eles de preto.
Todos de preto. Garoto lunático! Você não aprende?

E ela saiu batendo a porta pra provar que estava chateada.
O garoto ficou olhando o desenho tentando entender as recomendações.
Não via nada de errado, parecia tudo certo.
Afinal, como ela dizia, ele era lunático.
E visto a noite, com a luz da lua, era tudo assim...
Menos o sol que só ficava verde por vergonha
E se escondia atrás das estrelas. Pra ver a lua, apaixonado.
Todas as noites. Todas as noites com a luz da lua.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Metáfora quase romântica

Certa noite , tive saudade de você e chorei, chorei.
Na noite seguinte, não pensava mais em você, mas tive saudade de chorar.

Te troquei, amor. Te troquei por cebola e chorei, chorei.

PS: Esse texto é meramente debochativo sem nenhuma alusão com a realidade. Qualquer semelhança é meramente coincidência. Campanha do mês: vamos rir, Brasil!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Amigos da Borra:Thaiane Rezende

Conheço ela há pouco tempo. Apresentados graças a uma anjinha ruiva que mora no meu coração, Thaiane é como as fadas. tem seu brilho, suas missões e quando entram no ambiente, logo sabemos. Ela é como as fadas porque as fadas não conseguem ter mais de um grande sentimento por vez. Se amam, amam intensamente; se estão tristes, murcham por completo e a raiva... Haa, a raiva...
Ela é uma grande escritora. Tem um blog que merece ser visitado, lido com calma e com delicadeza.
Selecionei um texto dela para exibir aqui que me chamou muita atenção e me emocionou deveras. Sobre amorte do rei do pop, nosso querido Michael jackson. Vejam a profundidade do texto e concordem comigo: Mais uma amantes dos versos e poesias que está no meu círculo de amizade.

Ontem você era uma estrela
Seu brilho aqui era eterno
Sua vida era o exemplo do planeta
Sua voz era o resultado do esmero.
Que você teve ao superar
seus obstáculos e seus infortúnios
Missão cumprida, decidiram te levar
Naquela inacreditável noite de junho.
Um vazio musical tão grande
seus passos, suas notas, seu jeito são imortais
Sua alma vaga em algum paraíso, errante
Velada pelo amor de seus fãs leais.
Você que um dia quis salvar o mundo
Concertos em todos esses continentes
Segregados, os diferentes andavam juntos
Para você, não havia o diferente
Todos tinham uma face, um coração
Cada um com suas vida e história
Do amor mundial, você foi a razão
De algumas conquistas, você foi a vitória
Sua inocência infantil
se estendeu ao seu mundo adulto
poucos entenderam sua misericórdia pueril
seu jeito autêntico foi um insulto
Não sabemos entre que anjos está
Algum protetor musical abençoa sua voz
Nossa música, perdida por uma geração má
Estrela, sabe o vazio que deixou em nós?
Um sorriso que jamais se apagará
Seu reinado no mundo pop é eterno
Voe, menino, homem, redenção que te esperará
perpetuará a febre chamada Michael Jackson
Algum dia nos veremos nesse lugar
Sua voz musicalirazá vários poemas
Um perdido na terra, um guerreiro no ar
Voe! Para a maldição não deve haver algemas
Se da revolução você foi o monstro
Da música você é o pai
Agora choramos por nosso desencontro, porém...
You'll our eternal star in the sky

http://calledelasoledad.blogspot.com/

sábado, 5 de fevereiro de 2011

metáfora do mês- Busca da água

O cenário é um desolador deserto com um sol de rachar. No centro da tormenta, um homem de meia idade busca água. Corre para um lado onde acredita ter visto uma nascente, mas ao mergulhar se vê enterrado em areia. Miragens o cercam e debocham de sua fraqueza. Ele continua sua busca vendo nascentes brotarem e corre com sofreguidão para cada uma delas tendo o mesmo fim de desapontamento.
Já sem aguentar mais, se ajoelha no deserto e chora. E vê então a água que tanto buscava saindo de seus olhos e dos seus poros no suor que só percebe naquele momento. E feliz, deita na areia quente entendendo o recado que lhe é deixado.

Quem entendeu e quiser comentar,
aumente um ponto; quem não quiser,
aguarde o próximo conto...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cesta da canção com Maria gadu

Vamos voltando essa coluna semanal gostosa. Cesta da canção vem com Maria Gadu e sua bela voz, seus sentimentos transbordando.
Sem muito a falar, dê o play, aumente o volume, apague as luzes e relaxe...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

caminhos e descaminhos

Nos passos firmes, a gente decide: ou se vangloria e agradece dos que já foram dados ou lamenta os que ainda precisam ocorrer para chegar ao objetivo.
É a velha questão do copo meio cheio e o meio vazio.
E aí? Qual é seu time? Qual sua bandeira? Qual a forma de encarar a vida?
Responde que eu te digo se continuo caminhando com você ou vou pra casa jogar video game...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Em uma noite quente de verão...

Vulto na janela...
É ela, é ela...
Vem pra cá menina...
me nina, me nina.
Faz um cafuné gostoso.
To só, to só...
Deita-me na cama,
me ama, me ama...
Mas não me dê um beliscão.
é o cão? É o cão!
Nem precisou de mais um peteleco.
é o eco, é só o eco.

Viro pra lado e durmo sozinho.