terça-feira, 21 de dezembro de 2010

21 – um livro guilty pleasure



Henry Miller não é um autor de literatura erótica. É muito mais. Sexus, o livro que adoro dele não é um livro erótico. Não apenas isso. A trilogia "Sexus, Plexus, Nexus", que Miller chamou "A Crucificação Encarnada narram trechos de sua própria vida, embora ele negasse. Sobre seu processo, declarou: "fiz uso, ao longo desses livros, de irruptivos assaltos ao inconsciente, tais como sonhos, fantasia, burlesco, trocadilhos pantagruélicos, etc, que emprestam à narrativa um caráter caótico, excêntrico, perplexo". É um livro empolgante, uma trilogia que te prende a atenção. Sinto culpado porque vão me tachar de tarado. Mas não leio o erótico filósofico. Leio, sim a filosofia do livro que dança e namora com o erotismo. E leva ele pra cama com um consenso de todos. Inclusive e principalmente de nós, leitores.

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