sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Imagina se desse empate?


Vamos pensar nas eleições de um país- O Brasundunga- Qualquer semelhança é lamentável mas não é mera coincidência.
Imagina que eles tiveram um segundo turno a presidente e quando foram contar. Deu empate.
Sim, exatamente a mesma quantidade de votos. Nem um a mais, nem um a menos.
Os jornalistas foram à loucura. Isso nunca acontecera antes. Os adultos polvorosos, aflitos. As crianças serenas diziam calmamente: Quem mandou ter quantidade par. Se fossemos impares, isso não acontecia. Os adultos ignoravam, é claro. São só crianças. O importante é o o que será, como será.
Resolveram então pegar a ficha de cada um e descobrir o inocente. Se alguém tivesse alguma culpa em cartório era desclassificado e perdia a faixa presidenciavel...
Logo de cara, deu problema. os dois foram presos na época da repressão militar ( coincidências, coincidências...) Mas alegaram que fizeram pelo bem ao país. E logo resolveram escolher o mais inocente. E as verdades começaram a ser reveladas. Uma investigação profunda foi feita. Dossiê, entrevista na maternidade, orkut, cartinha de ex-namorado. Tudo para escolher o melhor ao país.
Um tinha se metido em briga na quinta série, outro na sexta. Um tinha fumado aos 16 e parado, outro, não fumava mas bebera no volante.
Um já tinha matado, outro tinha sequestrado um norte americano. Um era a favor do aborto, outro contra o homosexualismo... Um era são paulino e odiava palmeirense. Outro era grêmio e já bateu em um torcedor do inter.
Muito complicado, decidiram levar o assunto ao congresso e levaram especialistas, detetives e curiosos do mundo todo. Puderam fazer isso porque os congressistas não frequentam no final do ano lá em Brasundunga...
Foi preparado um laboratório de investigação e a midia internacional se aglomerava do lado de fora com nacional pra saber qual era o candidato com menos erros, com menos equivocos.
Até que uma criança lorinha, puxou um microfone e falou.
Sim, a frase veio de uma criança mas assustadoramente fez efeito.
Ela disse: Não importa quem ganhe, com dois candidadtos assim, quem perde somos nós.
E a multidão ficou silenciosa. Na hora que uma fumaça branca saia do Planalto e descia um dos candidatos com os detetives gritando - Habemus Presidente!
Mas ninguem comemorou, nem vaiou. Todos estavam sentindo o amargo gosto da derrota.

Isto é uma obra ficcional, é claro.
Nunca vi uma criança ter tanta eloquencia ao falar.

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