quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Um conjunto de epílogos sem um ponto final



Epílogo 1: Chuva cai de manhã, e ninguém sabe se é uma metáfora ridícula para minhas lágrimas ou realmente vejo na janela o tempo nublado.

Epílogo 2: Não adianta trazer Freud ou Jung. Hoje não tem nenhum eu pra discutir a vida.. Quem foi que colocou Leonardo Boff na minha janela? Vai voar com Ken Follet e sua vespa. Jogue Kafka no lixo, estou barata demais pra entender a vida. Jogue Machado na gaveta e me enterre com Brás Cubas. Tire o desassossego da minha Pessoa. Hoje nem Kardec me socorre.

Epílogo 3: Não limpe as prateleiras, porque eu não vou limpar o meu coração. Deixe as traças se alimentarem, que pelo menos alguém terá um final feliz.

Epílogo 4: Ó céus, quanta baboseira em um texto medíocre. Um ultra-romântico ou um emo? Qual, realmente é a diferença entre estas duas caricaturas? Tempos diferentes, mesma cor de roupa, mesma perspetiva de vida, mesma solidão...

Epílogo 5: E vai ver que é porque o autor é um gênio ou simplesmente excêntrico; vai ver que o autor esqueceu ou quis mostrar que sua vida está tão confusa que tem início mas está inacabada, ou por alguma outra razão qualquer, este é o primeiro texto que eu tenho conhecimento que só tem epílogo e morre antes mesmo de começar

Um comentário:

Rafael Soares Rigaud disse...

a 'private joke' d kafka com barata foi sensacional,charla
abs