quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Deus? Quem dá mais?






Não pára de aumentar a procura pelos serviços divinos e celestiais. Coincidentemente, o desespero e a crise aumentam na mesma proporção. Deus virou uma moeda de troca. Até na confissão, já se barganha: “Poxa, padre! Sei que feri 7 dos 10 mandamentos mas Deus gosta de mim. Sou até crismado.” O vaticano informa que isso não reduz a penitência de rezar dúzias de pai-nosso, mas há relatos de amenização da pena.

Bons tempos quando Deus era respeitado.
-Benção, paínho. Vou pra roça.
- Vai com Deus, meu filho.
Beijo na mão.
- Fica com Ele.

Bons tempos, quando DEUS era o todo poderoso, o enigma, uma entidade que só ouvia latim e aramaico.Mas aí popularizavam o radinho a pilha, diminuíram o biquíni, banalizaram a violência e humanizaram Deus. Hoje, parece que ele vive entre nós, que toma cerveja depois do expediente infernal. Ainda bem que ele ainda não voltou, se não...
- Sabe com o quem você está falando? Eu beijei a mão de Deus ontem.
- Grandes coisas. O sujeito que dá em cima da minha filha dirigia bêbado e sabe quem quase atropelou? Ein? Ein?

E com o aumento da crise, Deus está cada vez mais em voga. São os tempos. A liberdade de expressão, o enfraquecimento da igreja, o preço da jujuba... Sei lá! Alguma coisa fez esse caos no poder do todo poderoso. Mas ele, parece que não está nem aí... O sol continua vindoe voltando... A gente provoca. Ou vi um dia desses a piada:
- Pra mim, dívida é sagrada. Deus lhe pague. E todo mundo ri. Cadê Deus para criticar essas piadas e usar seu poder? Em duas: ou ele está preparando vingança ou simplesmente desistiu da gente e foi jogar gamão com São Pedro.

Um comentário:

Paty Augusto disse...

Assunto delicado, hein? Pode ofender alguns...
Eu ainda prefiro acreditar que a culpa é toda nossa por tudo que a gente faz. Pode soar existencialista, mas o dia que as pessoas passarem a assumir seus atos e parar de culpar Deus por suas desgraças, quem sabe ele possa realmente ter um tempo para um campeonato de gamão com todos os santos...
Beijos, menino!