Eu confesso que não costumo passar correntes. Principalmente sobre dinheiro. Normalmente são aquelas ladainhas que dinheiro não tem nenhuma importância na nossa vida. Eu prefiro realmente o nascer do sol a uma jantar em restaurante caro. Mas o dinheiro nos proporciona coisas. Coisas para sobrevivência. Coisas fundamentais e fúteis. Necessidades e exageros. Quando exageramos na nossa vida material, a culpa não é do dinheiro. É nossa!
Nesta quarta feira de cinzas, envio a todos uma reflexão do grandioso Bezerra de Menezes sobre a essência do dinheiro. Precisamos dele, mas não podemos ser escravos dele. Ele é a ponte, não o destino final...
Beijos e abraços e um ano de sabedoria a todos!
Luiz C Marinho
DINHEIRO
O dinheiro não é luz, mas sustenta a lâmpada.Não é a paz, no entanto, é um companheiro para que se possa obtê-la.Não é calor, contudo, adquire agasalho.Não é o poder da fé, mas alimenta a esperança.Não é amor, entretanto, é capaz de erguer-se por valioso ingrediente na proteção afetiva.Não é tijolo de construção, todavia, assegura as atividades que garantem o progresso.Não é cultura, mas apóia o livro.Não é visão, contudo, ampara o encontro de instrumentos que ampliam a capacidade dos olhos.Não é base da cura, no entanto, favorece a aquisição do remédio.Em suma, o dinheiro associado à consciência tranqüila, alavanca do trabalho e fonte da beneficência, apoio da educação e alicerce da alegria, é uma bênção do Céu que de modo imediato, nem sempre faz felicidade mas sempre faz falta.
Bezerra de Menezes / Francisco Cândido Xavier