domingo, 23 de novembro de 2008

beijo fosfórico?

Ontem beijei uma menina. 4 selinhos, 2 de língua, uma pegada mais forte e só. Segundo ela, a gente não ficou. Simplesmente nos beijamos. Como estava um pouco alterado das cervejinhas que tomávamos a tarde toda, não retruquei. Simplesmente peguei a pelo queixo com uma mão na cintura e a beijei mais uma vez. Dessa vez de língua. Ela disse que continuava sendo beijo. A gente se despediu e eu voltei nas minhas divagações. Qual a diferença de beijar com a boca e com a alma?

Vejo os jovens. Cada vez mais descartáveis. Fazendo rodas de cigarro, de drogas, de sexo. Nada contra. Nada a favor. Só me pergunto, se as emoções morreram ou se transformam em explosões sentimentais etéreas? Lembro-me de Marx: “Tudo que é sólido desmancha no ar”. A fumaça da hipocrisia me consome, me molda, me destrói. Hoje estamos comprando sexo pela Internet. Amanhã, quem sabe? Estaremos comprando prazeres. Na promoção, no desconto, na gratuidade do frete.

Será que meu beijo foi consumido pela sociedade fast Food? Tornei-me uma metralhadora de paint ball cujo alvo é indefinido e machuca todos os cantos? Será que deixei a sentimentalidade adormecida nos chats?
Fiquei com isso na cabeça e quase não dormi.
Ou eu volto a ficar ou eu tenho que mudar todas as minhas concepções.
Beijo pelo beijo , nunca mais!

Um comentário:

Paty Augusto disse...

Fico pensando como comentar esse post... A frivolidade dos sentimentos hoje em dia realmente me assusta. Será que meus filhos, netos, bisnetos, jamais conhecerão a maravilha de ter a alma tocada por um beijo, o momento mágico de se fazer amor?
Lutarei enquanto puder para que esse não seja o futuro...
Beijos na alma, menino