Grilinho- E enfim, chegou. Te pegou desprevenido, naquele momento que você relaxou na trincheira, aquele suspiro mal dado, aquele deslize da seriedade. E o amor te pegou de jeito. Te jogou na parede, te encurralou em uma rua escura e fria que magicamente pareceu florida e perfumada. E os problemas sociais se esvairam, as críticas, as ofensas e lamentos ficaram pequenos como uma vírgula na Bíblia.
- Quando dei por mim, estava lá, amando. Com braços trêmulos tentando fazer um cafuné. No fundo, um Arpoador todinho pra nós. Sei que não conta. Quem resiste com as belezas do Rio? Mas o sentimento de plenitude continuou até no ônibus nas ruas esburacadas do Rio. Não tinha mais jeito: Se aquela sensação continuava em horário comercial de um calor de 40º, o amor realmente entrou solando a porta.
Grilinho- E já não tem mais nada pra fazer. Agora, é só ir com calma e me ouvir. ... Luiz, quer parar de olhar com essa cara de bobo pra essa parede? Luiz!!!!!!!
Eu até hoje nunca conheci quem não gostasse de Borra. Sem malícias e delícias, borra é aquele líquido mais grosso do café e do nescau. É onde fica todo o açúcar que apesar de ser proibido pelos médicos, é o melhor da bebida. Borra de vida evidencia os momentos doces e incríveis e nos convida a partir para uma viagem pelo lado tão bom e tão esquecido da vida. A viagem é arriscada e pode nos fazer não querer mais voltar a nosso mundinho cinza. e daí? Vale a pena o risco.
4 comentários:
Aaaaaaaa, Luiz!
Rs... ótimo diálogo com o grilo!
Sem grilos...
Beijos =)
hahahaha que fofooo
É... ele sempre chega...
Luiz, Luiz... que Borra de blog, Luiz! Encorpado e delicioso, como há muito eu não experimentava. Gostei, muito!
Te incluo nos meus favoritos para poder voltar sempre.
Beijo, beijo.
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