quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Um conjunto de epílogos sem um ponto final



Epílogo 1: Chuva cai de manhã, e ninguém sabe se é uma metáfora ridícula para minhas lágrimas ou realmente vejo na janela o tempo nublado.

Epílogo 2: Não adianta trazer Freud ou Jung. Hoje não tem nenhum eu pra discutir a vida.. Quem foi que colocou Leonardo Boff na minha janela? Vai voar com Ken Follet e sua vespa. Jogue Kafka no lixo, estou barata demais pra entender a vida. Jogue Machado na gaveta e me enterre com Brás Cubas. Tire o desassossego da minha Pessoa. Hoje nem Kardec me socorre.

Epílogo 3: Não limpe as prateleiras, porque eu não vou limpar o meu coração. Deixe as traças se alimentarem, que pelo menos alguém terá um final feliz.

Epílogo 4: Ó céus, quanta baboseira em um texto medíocre. Um ultra-romântico ou um emo? Qual, realmente é a diferença entre estas duas caricaturas? Tempos diferentes, mesma cor de roupa, mesma perspetiva de vida, mesma solidão...

Epílogo 5: E vai ver que é porque o autor é um gênio ou simplesmente excêntrico; vai ver que o autor esqueceu ou quis mostrar que sua vida está tão confusa que tem início mas está inacabada, ou por alguma outra razão qualquer, este é o primeiro texto que eu tenho conhecimento que só tem epílogo e morre antes mesmo de começar

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Cesta da canção- Tocando em frente

Na correria do dia, parei. 5 minutos gritei para quem deseja me ver correndo. Só 5 minutos. Foi o tempo que precisei para escolher a música de hoje e escrever as devidas palavras que escorrem. Sei que o carnaval acabou, que a vida recomeçou, que há contas a pagar, há decisões a serem tomadas, a estresses inevitáveis que temos que mergulhar. Mas espere um pouco. Escute essa música que segue a diante. Ouça e leia o texto. Não vai demorar mais que 5 minutos. Mas as vezes é preciso desacelerar para saber se realmente estamos no caminho certo. "Sinto que seguir a vida, seja simplesmente, trocar a marcha e seguir em frente". Vamos juntos e um bom dia a todos!



Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais.
Leve essa frase como um mantra. Se estiver correndo, está perdendo oportunidades. Observe o mundo que te rodeia.
É preciso paz para poder seguir.
Na pressa resolvemos as bombas que estouram na nossa frente. Mas estagnamos nesta forma de vida. Estressante, sem planejar um futuro.
Cada um de nós compões a sua própria história
Será que você não está tentando viver a vida de outra pessoa? É isso mesmo que quer para si? Está aonde queria estar? Se fosse morrer amanhã, estaria tranquilo com sua trajetória?
É preciso a chuva para sorrir
Não se lamente pelos acontecimentos passados. Já foi. O que pode ser feito para seguir? Vá. E não olhe para trás.
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz e de ser feliz.
Olhe a vida que você tem. Você tem o suficiente para andar por ela. Pode conseguir mais e deve lutar para isso. Os problemas nunca serão maiores que a quantidade que você pode suportar. E busque a felicidade. Pra que se torturar com ódio. Vá atrás do que te faz bem e seja feliz.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Quem disse que árvores não sonham?


Quem disse que um tronco de árvore não pode sonhar?
Quem foi o tresloucado que pensou que ele tinha só que enraizar?
Ficar quieto, parado e só se mexer, no momento da serra, derradeiro.
Pois existem árvores que sonham. Quem tem desejos e paixões.
Exitesm árvores que não se conbtentam em crescer, frutificar e morrer.
árvores dançarinas, árvores que acolhem casais apaixonados, e muito mais...
Árvores que querem chegar mais perto de Deus e outras, mais perto dos homens.
Olhe bem para estas sonhadoras que se espalham por aí e veja se estão erradas.
Se concordar que elas devam sonhar, saia das suas raizes e faça o mesmo.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Tudo bem , vai passar



Um menino qualquer solta uma pipa colorida inocentemente. Próximo, um homem de roupa social abastece o carro e assiste o desempenho da pipa. Lembra de sua infância sem aquelas roupas, com uma pipa , não tão colorida, mas feliz. Feliz como a pipa. Feliz como aquele menino. Feliz como ele já foi. Nas divagações, lembra da noite passada e sente calafrio. A pipa continua lá em cima, cada vez mais alta. Lembra de ter finalizado uma conversa com uma pessoa que tinha um carinho especial: “Tudo bem. Eu sei que vai passar”. E ele de roupa social, magoado e vislumbrando com olhos marejados, a pipa que se perdia no horizonte. Bem próxima a uma outra que vinha veloz e direta.

Lembrou-se que apesar de ter dito, não estava conseguindo que aquilo passasse. Afinal, não era tão simples. Ele tinha sido magoado, se sentia esquecido. Estava correto de se sentir culpado. A outra pipa envolveu a do menino de forma quase paternal até que em um corte magnífico a pipa do menino soltou o cordão umbilical e bailando no céu anunciou a sua jornada para o chão. No horizonte a pipa vinha lentamente, agonizando sua descida caótica. Crianças já corriam desordenadamente pra tentar afanar o papagaio. O homem continuava intacto, parado junto com o menino que estranhamente sorria e também não se movia.apenas,com os olhos pra cima, via a dança de sua pipa. O homem já havia abastecido e sentiu uma pena do menino. Ou vai ver, sentiu dele mesmo. Afinal, nem conseguiu filosofar em cima da pipa por completo. Sentia-se infeliz, mas preferiu dizer que o menino estava triste. E chegou perto dele, tentou o consolar: - Não fique triste com a pipa, vai passar.” O menino que com sorriso se tornava ainda mais menino, disse: “não se preocupa moço. Já passou.O final da pipa não me importa. O que vale é que ela subiu mais alto que todas as outras. Não é como se está hoje, mas aquilo que se guarda na memória.” E saiu como se nada tivesse feito. Como se nada tivesse dito. Nem percebeu que deixou o homem chorando maravilhado no posto. E a pipa ainda dançava no céu!