quarta-feira, 25 de março de 2009

Foi


Este é um texto que começa com foi e termina com foi. Assim mesmo. Sem criatividade, sem nenhuma surpresa poética. Quando eu escrever a palavra "foi" com o ponto final seguindo significa que acabou.E se quiser você pode comentar ou simplesmente fechar a janela e buscar um blog que use outro tempo verbal. Simples assim.




Porque "foi" é o termo mais cruel e inteligente e existente. É pequeno mas emblemático. É direto mas subliminar. Foi o quê? Foi pra aonde? A palavra não responde. Ela escorre os significados. Você pode falar "foi" com um sorrisinho Mona Lisa, com uma tristeza aparente ou com um cuspe na cara. Dando ou levando. "Foi" pode gerar sensações diversas nos humanos. E foi assim que nasceu o texto. Um semi cuspe(semi porque foi pela web) que levei. E percebi que foi culpa minha, foi minha forma equivocada de agir, meu coração atrapalhado, meu temperamento estranho. E de repente tudo que eu esperei foi embora. Tudo que achei que ia ser diferente foi igual. Foi mesmo um belo cuspe. Ainda bem que não foi real.Ou , que pena... Foi direcinado seguindo a palavra "foi" com uma precisão cirúrgica...
Foi realmente de cortar o coração... Foi aquele momento que a gente nunca quer que chegue... Mas, chegou. E o texto é só um tópico pra mostrar as mil utilidades de um "foi" bem dado. Porque o passado deste verbo pode significar suas ações no presente. "Foi" acaba sendo um símbolo do ruptura do passado com o hoje. De situações que agora irão mudar, se transformar. O "foi" melancólico, apático. Igual a imagem escolhida. Nada demais mas no fundo cheio de interpteções. Porque foi uma forma de desabafar, foi um momento único que achei que algo podia ocorrer. Foi uma deixa no espaço-tempo que achei que agora as coisas iam ocorrer, mas foi só ilusão. Nada mudou. Foi muito bonito, seja lá o que foi; foi maravilhoso, mas acabou. Foi.

2 comentários:

Luiza Callafange disse...

E quando se viu, já foi o texto!

E foi-se este comentário... :)

Paty Augusto disse...

Adorei o texto... Você sempre surpreendendo a gente com suas crônicas...
E isso FOI um elogio, sim!
Beijos, menino!