Eu até hoje nunca conheci quem não gostasse de Borra. Sem malícias e delícias, borra é aquele líquido mais grosso do café e do nescau. É onde fica todo o açúcar que apesar de ser proibido pelos médicos, é o melhor da bebida. Borra de vida evidencia os momentos doces e incríveis e nos convida a partir para uma viagem pelo lado tão bom e tão esquecido da vida. A viagem é arriscada e pode nos fazer não querer mais voltar a nosso mundinho cinza. e daí? Vale a pena o risco.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Faz de conta
Faz de conta que nossos porcos são cavalos alados;
que as goteiras da laje são cachoeiras do jardim de inverno.
Faz de conta que o fedor do esgoto é maresia;
que os mosquitos são cobradores de imposto levando aquilo que os pertence.
Faz de conta que miséria é ter que viver cheio de grade em apartamentos longe do chão. Que a liberdade é poder diariamente buscar trabalho e voltar de mãos abanando e a pé.
Faz de conta.
Faz de conta de tudo isso, que no final, além de um lindo sorriso, seremos heróis.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
você é o meu herói :)
Faz de conta á a ordem que nos é dada todo dia...
Gostei! O teu poema explicita bem: “Fazer de conta” pode ser uma formula sem predomínio qualquer; preencher os espaços com o cotidiano inumerável.
Postar um comentário