segunda-feira, 8 de junho de 2009

Quem gostou, pague com uma história


Bem vindos a nova coluna do blog Borra de Vida. Teremos aqui uma pequena história e minha opinião sobre ele. Usem e abusem dos comentários, afinal, é pra isso que eles servem...

Um homem veio a um alfaiate para experimentar um terno. Parado diante do espelho, ele percebeu que o colete estava um pouco irregular na parte inferior.
- Ora - disse o alfaiate - Não se preocupe com isso. Basta você puxar a ponta mais curta para baixo com a mão esquerda que ninguém jamais vai perceber nada.Enquanto o cliente fazia isso, ele notou que a lapela do paletó estava com a ponta enrolada em vez de rente.- Isso? - perguntou o alfaiate. - Isso não é nada. É só você virar a cabeça um pouquinho e segurar a lapela no lugar com o queixo.O freguês obedeceu e, quando o fez, observou que a costura de entrepernas estava meio curta e que o gancho lhe parecia um pouco apertado demais.- Ora, nem pense nisso. Puxe o gancho para baixo com a mão direita, e tudo vai ficar perfeito. - O freguês concordou e comprou o terno.No dia seguinte, o homem estreou o terno com todas as alterações de queixo e mãos. Enquanto ia mancando pelo parque com o queixo segurando a lapela no lugar, uma das mãos puxando o colete e a outra mão agarrada ao gancho, dois velhos pararam de jogar damas para vê-lo passando com dificuldade.- Meu Deus! - disse o primeiro velho. - Veja aquele pobre aleijado.O segundo homem refletiu por um instante antes de sussurrar:- É, ele é bem aleijado mesmo, mas sabe o que eu queria saber...onde será que ele comprou um terno tão elegante?

A história acima foi tirada do livro Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkolas. E a lendo, eu não parei de pensar como ela “veste” bem na nossa sociedade. Temos preocupações enormes em conceitos tão fúteis. Quantas vezes esquecemos de usar as roupas que nos dão conforto? De freqüentar os ambientes que nos fazem realmente se sentir em casa? E quantas vezes adiamos o encontro com os amigos que nos faz tão bem a alma?Mas é claro que tudo isso fica para trás. Temos compromissos inadiáveis, celulares que não param de gritar e pessoas importantes que necessitam da gente... Será que é um terno elegante que precisamos? Todo o tempo da nossa vida? Minha sugestão é que de vez em quando devemos usar bermuda. E ponto final. Quem gostou, pague com uma outra história!

Um comentário:

Luiza Callafange disse...

Bem, eu concordo, a gente se molda demais por causa da sociedade!
Estou de acordo: vamos usar bermudas, saias, shorts, o que for melhor!
Como disse Shakespeare...
"E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida"
"E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

"Não me interessa as provas e trabalhos, não agora, nem mesmo meu namorado, deixa eu ir lá ver a minha amiga que eu tanto gosto e que sempre diz que eu nunca tenho tempo para vê-la!" Foi o que eu pensei um dia desses quando fui ver a Klara no cursinho, uma amiga de coração, que não de deve trocar tamanho carinho por nada no mundo.