Sabão.... Bolhas de sabão sobem na minha frente e me ttransferem para dias de infância com pés pequenos correndo atrás das pequenas circunferências quase transparentes que dançavam pro céu ou pro chão e faziam a alegria dos presentes.
E percebo bem, e e não eram bolhas de sabão... Não estou na infância, meus pés normais e grandes vestidos com roupa de festa. Sim, estou em um bar tomando um cocktail e possivelmente todas as reminiscências alertam que já bebi demais. A tal dança que veio na minha cabeça é um simulacro dos meus passos tortos tentando chegar até um local mais seguro. Mas os passos agitados não permitem um andar seguro. Sinto-me um alienigena no meio de beberrões endoidecidos que só querem prazer e orgia. Chego em uma cadeira, um casulo, um disco voador e enquanto a música fica cada vez mais psicodélica, me isolo na minha bolha de sabão, no meu planeta distante segurando e ingerindo meu passaporte para o escapismo: o cocktail de morango.
Eu até hoje nunca conheci quem não gostasse de Borra. Sem malícias e delícias, borra é aquele líquido mais grosso do café e do nescau. É onde fica todo o açúcar que apesar de ser proibido pelos médicos, é o melhor da bebida. Borra de vida evidencia os momentos doces e incríveis e nos convida a partir para uma viagem pelo lado tão bom e tão esquecido da vida. A viagem é arriscada e pode nos fazer não querer mais voltar a nosso mundinho cinza. e daí? Vale a pena o risco.
domingo, 20 de janeiro de 2013
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
noite de histórias em casa
Começa o dia transbordando de rotina e termina na grande roda de improviso da vida. Na sala, pessoas com sorrisos perdidos, contando histórias do passado, buscando resgate. Qual a palavra mesmo? Reminiscência. No meu íntimo, uma certa inveja de não ter cabelos brancos e por isso não possuir o mesmo baú de fatos, datas e histórias.Mas também um privilégio de poder ouvi-las e captar suas histórias. E todas começavam com um... Aquela vez ou Teve um dia na época de Vargas. Pronto, e lá iamos nós fascinados embarcar naquela nau de naftalina com navegantes nada convencionais. E a poesia nos contamina, prolifera, nos envolve e alimenta.E eu até arriscco, agora, com o cessar da noite, me aventurar na contação de história. Aqui, no silêncio do mundo virtual com meus poucos mas maravilhosos leitores. Porque posso não ser um mago das palavras, um sedutor do discurso e nem ter histórias de dar inveja a Tom Sawyer. Mas sou um amante das memórias e sempre que posso arriscarei revitaliza-las, sem o glamour que elas merecem, mas com todo empenho que puder passar.
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