domingo, 28 de dezembro de 2008

Um balanço de 2008


O ano se esgota. Chega mancando para uns, se arrastando para outros. Que ano. Que ano...

Não sou pessimista e nem gosto de encarar as dificuldades vencidas. Mas preciso admitir. A vontade de parar o ônibus e descer na primeira estação foi constante e tentadora. Chegamos, porém, no bota fora de 2008 e não sei quanto a vocês: mas a vontade de vencer está maior. A fome de conquistas, sucesso e prosperidade está enorme.
Depois de chegar de uma batalha sofrida, sobrevivente, me fez aumentar o brilho nos olhos. Enxergar o elixir da vida.
Que venha 2009! Quero cada suco deste ano, aumentar a rede social, mergulhar de vez na docência e consultoria, cuidar do corpo, cuidar do espírito, cuidar do coração.

Sempre desejo aos meus companheiros de aventura, bons sapatos para o futuro, pois há muito chão para andar e muita sola para gastar.

Mas acredito que estou no caminho certo. E como posso garantir isso?
Se estou aqui, cheio de arranhões deste ano, mas feliz e com fôlego para continuar, é porque estou na direção certa.

Espero que todos encontrem os seus caminhos e vamos trilhar juntos esta aventura épica , misteriosa e real chamada vida.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

divagações de fim de ano

"Me interessa o futuro porque é onde vou passar o resto da minha vida". - Woddy Allen



Fui acordado hoje por uma risada no quarto do lado.
Uma gargalhada dupla. Meus pais riam desesperadamente lembrando das brincadeiras de infância. Eu com olhos remelados levantei sorrateiramente e fui para o quarto do lado. Deitei-me om eles e rimos mais um pouco.
Como seria bom se todas manhãs pudesse ser assim.
E uma voz da alma me indagou: por que não?

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Basta de poesias brancas e parnasianas.
Dê-me quimeras, inflação e política.
Não quero bebidas cristalinas e sem sal.
Dê-me goles de cachaça pra fazer o mundo rodar
A vida fede e minha poesia está começando a estragar.
BASTA POUCO PRA ELA VOLTAR AO MERCADO.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Cesta da Canção- Epitáfio

Existem blogs fantásticos. Às vezes me pego navegando como um marujo de primeira viagem embasbacado com as belezas que são descritas. Apesar de ser um velho lobo do mar com cerca de 12 blogs, sites e fóruns que já passaram por mim, fico cada vez mais perplexo quando textos e imagens me desarmam e me deixam horas e horas lá hipnotizado.
Mare escreveu um texto sobre fechar ciclos e recomeçar. Sabe aquele texto que cai perfeitamente na sua vida como se você tivesse encomendado? Estava lá. Em seu blog Metade Repleto. Fiquei lendo o texto, sugando cada palavra, cada sentimento. A certeza de que as coisas não são eternas; a verdadeira face da vida; a necessidade de se transformar.
E por falar em palavras poéticas, impossível não ir visitar o blog da Paty Augusto e se deliciar com a série cores que ela está fazendo. Os textos profundos , as imagens intensas.

São sobre essas coisas que a cesta da canção queria falar hoje.
É um hino a quem está nascendo; uma memória póstuma aos que já se foram e um aviso aos que estão vivos. Devemos viver melhor. A última cesta da canção do ano é epitáfio no grupo Harmonicanto que a minha tia Cássia é idealizadora. Deslumbrem essas crianças maravilhosas na voz e instrumentos... Colocando a música aonde ela sempre deve estar: no coração!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tristeza, deixo-te para trás

"Lágrimas ainda caem. E vão cair muito. Mas não é tristeza. É saudade das histórias e dos momentos que se eternizam. E ficam no baú da memória pra gente sempre consultar, lembrar e voltar. Mas tristeza? Deixo-te para trás"

Obrigado pelo afeto de todos que acompanham esse blog!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Mais um tombo!


Chega de textos carregados de dor e lágrimas. Essa é minha máxima sempre que volto ao blog. Mas esse espaço fala da vida e certamente se só houvesse fatos bons e risonhos, o sentido da vida seria muito chato.

Além disso, seria cínico não expressar aqui os dois dias lacrimejados pelo velório de minha querida vózinha que nos deixou na manhã de ontem. Foi-se dormindo. Depois de um sofrimento de mais de 2 anos. Mas foi-se. E é só no fechar o caixão, no andar pelo cemitério, e no fechar da cova que realmente a ficha caiu: Morreu uma pessoa que me apoiou do início ao fim. Uma segunda mãe.

Realmente não podia deixar de citar este acontecimento. Esse ano teve momentos gloriosos e de pura trevas. 2009, por favor, te imploro: antes de entrar conheça a teoria do equilíbrio... Yin Yang não faz mal a ninguém.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

moça branca vem pra roda - parte II


Moça branca entrou na roda
Entrou na roda pra me acalmar.
Joga pipoca, polvilho e guaraná
Moça branca que com saia de filó, já deixou o seu aviso e o seu ombro “preu” chorar.
Moça, mas que roupa, que vestido vão escolher?
Moça Branca escolhe o vestido dos pêsames e abre o braço pra me afagar.
Joga pipoca, deixa correr que eu quero festa no entardecer.
No final, todos sabem pra aonde ir. Tudo segue como deve ser.
A moça se ajoelha e eclode um mantra.
É trabalho pra fazer,com a saia de filó
Joga a pipoca, moça branca.
Mas deixa o ombro, pra “mode” nós chorar.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Em busca do beijo







Buscava um beijo. Não para beijar. Só para ver.
Por onde anadava só via gente séria. Gente feia. Gente careta. Ocupados demais com a queda da bolsa de valores; fúteis demais falando das novas tendências da Lui Vitton e Channel; fumantes demais; nerds demais; quadrados demais.

Queria um pouco de alcool; um pouco de sexo. Não para beber e nem para transar. Só pra ver. Um lugar boêmio, erótico, quase vulgar.

Queria escutar os risos escandalosos, as cantadas baratas. Ver os beijos babados, mal dados e claro: os beijos de verdade!

Queria entrar neste ambiente. E ficar invisível. Pra não dar chance de ser abordado. Ou de atrapalhar e de intimidar. Queria ser todo olhos e todo ouvidos. Para observar todas as direções; para pescar cada detalhe. E não perder nenhum beijo de canto de boca, nenhum selinho, nenhum olhar e nenhuma mão boba embaixo da mesa.

E assim se completaria. Sem fazer nada, sem participar. Ficaria longe das bolsas. Seja a dos pregões ou dos grandes artesões. Ficaria longe dos papos cinzas e sem importância. Ficaria feliz. Ficaria completo.